Elogiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) pela “boa condução" durante o enfrentamento da pandemia de COVID-19 e apontado como prova do sucesso do chamado "tratamento precoce" (uso de remédios ineficazes contra a doença causada pelo novo coronavírus), o prefeito de Chapecó (SC), João Rodrigues (PSD), afirmou na quinta-feira passada (1º/4), que o real motivo para os leitos vazios na cidade foi a realização de um lockdown de 14 dias.
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Promotoria vai apurar empréstimo de banco na compra de mansão de Flávio BolsonaroLula ou Bolsonaro? FHC vai apoiar candidato que tenha força contra os doisPromotoria vai apurar empréstimo de banco na compra de mansão de Flávio BolsonaroApesar dos bons resultados, notórios pela melhora nos índices ao longo das últimas semanas – um mês depois de ter virado epicentro da pandemia no estado –, Chapecó ainda segue sob colapso no sistema de saúde.
Jair Bolsonaro disse que Rodrigues foi eficiente após recomendar o "tratamento precoce" com “liberdade total” para os médicos.
Desde o início da pandemia, o presidente vem adotando posicionamentos negacionistas. Entre eles, negar a gravidade do vírus, postergar a compra de vacina, não utilizar máscara, incentivar aglomerações e fazer propaganda do uso de remédios sem eficácia comprovada cientificamente.
Entenda
Após assumir o cargo de prefeito em janeiro deste ano, Rodrigues montou um ambulatório especializado para o combate à COVID-19.
Nele, remédios sem eficácia comprovada contra a doença causada pelo novo coronavírus, como ivermectina, azitromicina, hidroxicloroquina e cloroquina, eram recomendados para pacientes.
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O prefeito de Chapecó também liberou eventos na cidade.
Nele, remédios sem eficácia comprovada contra a doença causada pelo novo coronavírus, como ivermectina, azitromicina, hidroxicloroquina e cloroquina, eram recomendados para pacientes.
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O prefeito de Chapecó também liberou eventos na cidade.
As ações tiveram reflexo em uma explosão de casos, o que obrigou a prefeitura a estabelecer um lockdown. A medida, chamada pelo prefeito de “parcial”, durou 14 dias.
Até Rodrigues assumir a prefeitura, Chapecó somava 123 óbitos por COVID-19. Desde então a taxa cresceu mais de quatro vezes, chegando a 537 nessa segunda-feira (5/4).