Em visita a Chapecó (SC) nesta quarta-feira (7/4), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a criticar as medidas restritivas contra o novo coronavírus. Ao falar do tratamento precoce, o governante chegou a comparar o vírus da Aids com da COVID-19.
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Após recorde de mortes, Bolsonaro diz esperar que STF mantenha igrejas abertasBolsonaro ataca imprensa e diz que 'resolve problema do vírus em minutos'Flávio Bolsonaro registra BO contra Ivan Valente por denunciação caluniosa coronavirusbrasil'Não vamos chorar o leite derramado', diz Bolsonaro sobre aumento de mortesBolsonaro sobre eleições: ''Estou me lixando para 2022''''Não vai ter lockdown nacional'', diz Bolsonaro em Chapecó"Eu acredito na ciência, mas a ciência por vezes demora. Naquela época, o que foi usado para combater o HIV? O coquetel do AZT. Era comprovado cientificamente? Não. Se não tivesse usado, não chegaríamos no futuro ao coquetel”, afirmou.
Ele também chegou a se referir como 'classe específica que tinha um comportamento sexual diferenciado', relacionando a doença às pessoas homossexuais.
Ao citar hidroxicloroquina e ivermectina, o presidente reforçou que é de autonomia do profissional da saúde receitar ou não os medicamentos sem comprovações científicas. “Se o paciente está com a doença e não tem o remédio específico comprovado cientificamente, tem que buscar uma alternativa. Não sei como salvar vidas, não sou médico, não sou enfermeiro, mas tem que buscar uma alternativa para isso”, afirmou.
Bolsonaro falou que o governo federal fez a própria parte. “Acho que sou o único líder mundial que apanha isoladamente. O mais fácil é ficar do lado da massa, da grande maioria. Se evita problemas, não é acusado de genocida, não sofre ataques por parte de gente que pensa diferente. O nosso inimigo é o vírus, não é o presidente, governadores e prefeito. Dá para sairmos dessa”, disse.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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