O presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM), Julvan Lacerda, rebateu o governador Romeu Zema (Novo), que culpou os prefeitos pelo atraso na vacinação no estado. Segundo Lacerda, o chefe do Executivo estadual “tenta se eximir da responsabilidade e transferir para os prefeitos” em relação ao atraso na entrega dos imunizantes contra a COVID-19.
“O governador foi infeliz nessa colocação. Com certeza, os municípios estão fazendo de tudo para aplicar as doses. Se há algum exemplo de vacina no congelador ou que está demorando para buscar na regional de saúde, é um caso ou outro. A grande maioria vacina imediatamente, até porque a população faz pressão”, afirma o presidente da AMM.
Zema disse que algumas prefeituras estão mais aceleradas que outras na distribuição das doses. Ele afirmou que alguns prefeitos teriam formado estoques de imunizantes, sem que eles chegassem de fato à população.
O governador também ressaltou que as cidades que vacinarem de forma mais rápida vão receber mais doses.
O governador também ressaltou que as cidades que vacinarem de forma mais rápida vão receber mais doses.
Para Lacerda, os prefeitos são justamente os que convivem diretamente com os interesses da população: “O governo descarrega sobre quem faz seu papel, luta junto com a população. Eles lidam com números e nós com pessoas. Estamos muito mais perto das pessoas e sabemos das necessidades”.
Novo lote
Nesta quinta-feira (8/4), Minas Gerais recebeu seu 12º lote de vacinas, com cerca de 478 mil imunzantes. Elas chegaram a Belo Horizonte no fim da tarde e serão repassadas às 28 regionais de saúde do estado.
"As prefeituras têm se desdobrado para fazer a vacinação, com equipes mobilizadas. O governo faz um momento cinematográfico, com escolta de polícia para remover uma caixa com sete vacinas. Isso é vexatório. Ele deveria mandar a vacina para os municípios, que eles aplicam as doses. Os profissionais de saúde sabem das necessidades e têm sido pressionados. Não vamos aceitar essa generalização", completou o presidente da AMM.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas