Apesar de ter criticado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Roberto Barroso por determinar a instalação, no Senado, de CPI para investigar a atuação do governo federal na pandemia de COVID-19, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) já defendeu movimento semelhante quando era deputado federal. Em 2007, ele cobrou que o STF abrisse uma CPI para investigar o setor aéreo.
Entre os deputados que também apoiaram a criação da CPI no STF, naquela ocasião, estava Onyx Lorenzoni, atual secretário-geral da Presidência.
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"Espero que o Supremo tenha, apesar do que eu falei aqui, é o Supremo... Espero que tenha uma decisão lá voltada para a razoabilidade e deixe instalar a CPI. Por que o governo teme a CPI? Eu não tenho dúvida do superfaturamento de obras em aeroportos. Se quiser me acusar de leviano, eu respondo lá na CPI", disse Bolsonaro, então deputado, em entrevista à TV Câmara.
"Espero que o Supremo tenha, apesar do que eu falei aqui, é o Supremo... Espero que tenha uma decisão lá voltada para a razoabilidade e deixe instalar a CPI. Por que o governo teme a CPI? Eu não tenho dúvida do superfaturamento de obras em aeroportos. Se quiser me acusar de leviano, eu respondo lá na CPI", disse Bolsonaro, então deputado, em entrevista à TV Câmara.
O presidente reagiu, nesta sexta-feira (9/4), à decisão de Barroso sobre a CPI da COVID. “Falta-lhe coragem moral e sobra-lhe imprópria militância política”, escreveu Bolsonaro em uma rede social.
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Em nota, Barroso respondeu o presidente: "Na minha decisão, limitei-me a aplicar o que está previsto na Constituição, na linha de pacífica jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, e após consultar todos os ministros. Cumpro a Constituição e desempenho o meu papel com seriedade, educação e serenidade. Não penso em mudar".
Entenda o caso
Barroso determinou nessa quinta-feira (8/4) que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), instale a CPI da COVID, que tem como objetivo investigar a gestão do governo de Jair Bolsonaro no combate à pandemia.
Barroso deferiu o pedido que tem como alvo Bolsonaro e também o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
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Além dos repasses aos estados no enfrentamento à pandemia, serão investigadas a demora na compra de vacinas e a aquisição de medicamentos para o chamado "tratamento precoce", que usa remédios como cloroquina, ivermectina e azitromicina, que não têm comprovação científica no tratamento da doença causada pelo novo coronavírus.
Barroso explicou que concedeu a liminar com urgência diante do agravamento da pandemia no país, que estabeleceu seu recorde de mortes em 24 horas nesta quinta-feira (4.249) e deve bater o total de 350 mil mortes até sábado (10/4).
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina