Diferentemente da postura adotada no ano passado, o governo federal iniciou, nas redes sociais, uma campanha a favor do distanciamento social e do uso da máscara para conter o avanço da COVID-19. As mensagens foram postadas em perfis do Palácio do Planalto no Twitter e no Facebook.
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Arthur Lira critica abertura de CPI da Covid: 'não é momento de apontar o dedo'Bolsonaro defendeu que STF determinasse abertura de CPI quando era deputadoQueiroga diz que não tem 'vara de condão' para resolver falta de vacinasALMG segue onda roxa e prorroga suspensão de atividades presenciaisA campanha teve o aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que desde o início da pandemia de COVID-19 foi contrário ao uso de máscara e ao isolamento – inclusive, criticou governadores que determinaram o fechamento do comércio não essencial para diminuir a circulação de pessoas nas ruas.
Bolsonaro vinha resistindo às novas medidas, mas foi convencido por Queiroga, que queria “dar o exemplo”. Ele é o quarto ministro da Saúde na gestão Bolsonaro – Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello passaram pelo cargo antes.
Além das redes sociais, o governo planeja inserções da campanha no rádio e na televisão.
Bolsonaro mencionou um suposto estudo feito na Alemanha ao afirmar que as máscaras seriam prejudiciais às crianças, causando irritabilidade, dor de cabeça e dificuldade de concentração. O presidente evitou entrar em detalhes porque, segundo ele, "tudo deságua em crítica sobre mim”.
Números piores
O Ministério da Saúde inicia a campanha no dia em que o Brasil registra o segundo maior número de contágios (93.317) pelo novo coronavírus desde o início da pandemia e se aproximou ainda mais da marca de 350 mil mortes.
De acordo com o balanço diário do Ministério da Saúde, a doença provocou a morte de 3.693 brasileiros nas últimas 24 horas. Com isso, 348.718 brasileiros já perderam a vida em razão do vírus.