Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Sem provas, Eduardo Bolsonaro acusa PBH de maquiar dados da dengue

Eduardo Bolsonaro atacou a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na tarde deste domingo (11/4) pelas redes sociais. Sem provas, ele acusa administração de maquiar dados da dengue.

 

 O deputado federal publicou a imagem de uma matéria divulgada pelo Estado de Minas em 31 de dezembro do ano passado. A reportagem mostra os dados do fim do ano passado. Segundo a prefeitura, na ocasião, a dengue matou apenas uma pessoa na capital mineira.



O print da reportagem vem acompanhado da seguinte mensagem do deputado: ''Belo Horizonte-MG: 2.700.000 habitantes. Com estes números de mortes por dengue só me resta parabenizar a prefeitura de BH (ironia)''

Em seguida, ele complementa: ''O golpe está aí, cai quem quer.'' 

 

Conforme balanço da administração municipal, divulgado em 31 de dezembro, eram 4.751 casos confirmados da doença na cidade neste ano. Há, ainda, 981 casos em investigação laboratorial. A única morte de 2020 por dengue ocorreu em abril. A maior parte dos casos ficou concentrada no primeiro semestre, claro reflexo das chuvas intensas registradas no início do ano.

Em resposta para ao  Estado de Minas, na tarde deste domingo (11/4), o  Secretário Municipal de Saúde, Dr. Jackson Machado Pinto respondeu: “se quiserem aprender como salvar vidas é só vir a Belo Horizonte; não cobramos nada”.

Ele lembrou algumas ações implementadas nos últimos anos pela Prefeitura, como, a ação de agentes comunitários de endemia que fizeram 15 mil visitas domiciliares por dia - identificando focos da dengue.
 
"Em parceria com a Vale, drones sobrevoam a cidade, identificam focos e jogam larvicida em terrenos baldios e imóveis abandonados", informou por meio de nota.



Segundo a administração municipal, a cidade também construiu uma fábrica de mosquitos colonizados com a bactéria Wolbachia, que impede que os insetos transmitam a doença.

“Belo Horizonte é hoje referência mundial no combate à Dengue. Por isso a Organização Pan-Americana de Saúde enviou uma delegação à cidade ano passado para conhecer o trabalho que é feito aqui e repassar o know-how para os demais países da América Latina”, concluiu o Secretário Jackson Machado.

Em 2021

Dados revelados em 2 de abril deste ano mostram que não havia mortes registradas pela doença em 2021.

Eram 1.457 casos prováveis da doença, a soma entre os confirmados e os suspeitos. Eram 424 já atestados e 1.033 ainda pendentes de análise laboratorial.

 As regiões Nordeste, Venda Nova e Noroeste eram as mais atingidas pela virose. São, respectivamente, 278, 244 e 239 casos prováveis. A maioria dos confirmados está na Região Nordeste de BH: são 86.

A regional com menos diagnósticos é a Centro-Sul, com apenas 14.

Chikungunya e zika vírus

 Também transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a febre chikungunya acometeu seis pessoas em BH neste ano até o início do mês.

Também em 2 de abril. eram  três casos importados, dois com origem indefinida e um da própria cidade. Quanto ao zika vírus, houve três notificações, mas a prefeitura já descartou duas. A outra permanecia em investigação.







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