Conhecido pelos seus pensamentos alinhados ao do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado federal e secretário da Família e Justiça do Paraná, Ney Leprevost, se mostrou arrependido por seguir uma das recomendações do presidente contra a COVID-19: o tratamento precoce.
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“Já acreditei no tratamento precoce. Mas depois do que aconteceu com meu pai, não tomo cloroquina nem que o Bolsonaro invada minha casa e aponte o revólver para minha cabeça”, disse Ney em março.
Advogado e vice-presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Luiz Antônio Leprevost, pai do secretário, estava internado na UTI do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba, há cinco meses entre idas e vindas por causa de complicações da COVID-19.
Luiz Antônio era pai também do vereador curitibano Alexandre Leprevost (Solidariedade). Ele também deixou a mulher Jussara Leprevost, outros dois filhos e seis netos.
Luiz Antônio era pai também do vereador curitibano Alexandre Leprevost (Solidariedade). Ele também deixou a mulher Jussara Leprevost, outros dois filhos e seis netos.
“Canalhas”
No último sábado (10/04), o presidente voltou a defender o tratamento precoce contra a COVID-19 e chamou quem critica a medida de "canalha".
"Tem muito médico que aplica o tratamento imediato, que é combatido por canalhas. Porque o canalha fala que não serve para nada, mas não aponta alternativa. Deixa o médico trabalhar. O médico tem liberdade para receitar o que ele achar que deve ser receitado com conhecimento e com concordância do paciente", disse.
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Bolsonaro aconselhou ainda a quem não tiver remédios opcionais para indicar contra a doença "calar a boca" e deixar o médico trabalhar com as receitas "off label".
A declaração do presidente ocorreu durante visita a uma família em São Sebastião, após ter sido questionado por uma das moradoras a respeito das ações do governo contra a pandemia.
O tratamento
Medicações como cloroquina, ivermectina e nitazoxanida não possuem comprovação científica contra a COVID-19. A primeira, em março, teve o uso fortemente desaconselhado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).