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Estado de Minas LOCKDOWN

Bolsonaro: governadores e prefeitos estão dando 'amostra do comunismo'

Presidente chama de 'protótipo de ditadores' quem adota medidas de isolamento social para tentar conter a pandemia de COVID-19


12/04/2021 15:57 - atualizado 12/04/2021 16:45

Bolsonaro chama de 'protótipos de ditadores' os governantes que restringem aglomerações para diminuir a transmissão do coronavírus(foto: Marcos Corrêa/PR)
Bolsonaro chama de 'protótipos de ditadores' os governantes que restringem aglomerações para diminuir a transmissão do coronavírus (foto: Marcos Corrêa/PR)
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou as redes sociais, nesta segunda-feira (12/4), para novamente criticar governadores e prefeitos que implantaram medidas mais duras para o combate à pandemia de COVID-19.  

Segundo o presidente, o Brasil está tendo “uma amostra do que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores”. Segundo ele, são “aqueles que decretam proibição de cultos, toque de recolher, expropriação de imóveis, restrições a deslocamentos, etc…”.

“Cada vez mais a população está ficando sem emprego, renda e meios de sobrevivência... o caos bate na porta dos brasileiros”, pontuou o presidente, ao falar para o lockdown. “Pergunte o que cada um de nós poderá fazer pelo Brasil e sua liberdade e prepare-se", pontuou.

Leia: Deputado do PR: 'Não tomo cloroquina nem que Bolsonaro invada minha casa'

Nas últimas semanas, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), e o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), ficaram em evidência após irem de encontro a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Nunes Marques – indicado por Bolsonaro –, que pediu a volta de cultos e missas presenciais.

No estado de São Paulo e em BH as celebrações estão proibidas.

Na quinta-feira da semana passada, o STF decidiu que os estados e municípios podem restringir missas e cultos, deixando o governador paulista e o prefeito de BH nos holofotes da política brasileira.
 
Durante a pandemia de COVID-19, Jair Bolsonaro adotou inúmeras medidas negacionistas. Desde negar a gravidade do vírus, postergar a compra de vacinas, não usar máscara e até provocar aglomerações. 

Leia: 'Mudou o discurso? Confira 10 momentos em que Bolsonaro foi contra a vacina'

Haddad e Ciro

 
Na mesma postagem, o presidente atacou dois adversários da eleição de 2018: Fernando Haddad (PT) e Ciro Gomes (PDT).

Leia: Bolsonaro critica lockdown: 'Com Haddad ou Ciro, liberdade não existiria'

“Se a facada tivesse sido fatal, hoje você teria como presidente Haddad ou Ciro. Sua liberdade, certamente, não mais existiria”, pontuou Bolsonaro, se referindo às medidas de contenção à COVID-19.

Pedido de apoio

O presidente escreveu que “nos momentos difíceis" seus apoiadores “devem unir forças” e “nunca ofender exatamente aquele que pode ser decisivo nesse salvamento”, em alusão a si mesmo.

Junto com o post, Bolsonaro postou um vídeo com frases ditas por ele. Nas imagens, o presidente defende a liberdade e é chamado de “representante do povo”. 

O vídeo também mostra suas promessas de campanha e afirma que Bolsonaro cumpriu todas elas.



Em uma tentativa de reconquistar o apoio popular, abalado durante a pandemia, o vídeo traz imagens de Bolsonaro abraçando pessoas e sendo “idolatrado”.

“Não desagregue, some, acredite... Convença aqueles que estão ao seu lado a defender a Constituição, em especial seu art. 5°, a nossa Bandeira verde e amarela…”, escreveu o presidente.
 
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina 


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