O biólogo, pesquisador e divulgador científico Atila Iamarino fez uma publicação em seu perfil no Twitter, nesta quarta-feira (14/04), sugerindo que a CPI da COVID investigue os municípios que promovem tratamento precoce contra o coronavírus.
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Doria chama os apoiadores de Bolsonaro de 'malucos como ele'; veja vídeoBolsonaro critica Barroso e diz que governadores 'fizeram a festa' com recursosSTF julga CPI da Covid e ações de LulacoronavirusbrasilSTF confirma decisão de Barroso sobre CPI da COVID“Se forem investigar a gestão da COVID-19 em estados e municípios, sugiro incluir os municípios que promovem aglomeração e tratamento precoce ou kit COVID”, disse Atilia.
Além disso, afirmou que a CPI “pode começar pelas regiões que tiveram surtos descontrolados por muito mais tempo ou desproporcionais às condições de saúde, como regiões com muitos hospitais e mesmo assim com muitas mortes”.
Segundo Atila, é necessária uma investigação nas cidades que não controlaram os casos de COVID-19 e apostaram na abertura.
“Cidades que adotaram medidas de abertura sem controlar casos, estados que abriram exceções que sabotam medidas de contenção nas cidades. Tem bastante o que investigar”, destacou.
Em uma outra publicação desta quarta, o biólogo criticou o uso do Kit COVID por parte da população.“Kit COVID é uma seita e mata – além das milhares de pessoas morrendo asfixiadas todo dia. Sanguessugas eram mais seguras no século XVIII”, pontuou.
Para a cientista brasileira Márcia Castro, há cinco pontos principais que explicam a trajetória, velocidade e intensidade da propagação da COVID-19 no país, principalmente nas cidades do interior dos estados. O trecho foi publicado por ela no Twitter e compartilhado por Atila.
Veja abaixo:
- 1- O Brasil é grande e desigual, com disparidades em quantidade e qualidade de recursos de saúde (por exemplo, leitos hospitalares, médicos) e de renda;
- 2- Uma densa rede urbana que conecta e influencia os municípios por meio de transporte, serviços e negócios não foi totalmente interrompida durante picos de casos ou mortes;
- 3- O alinhamento político entre governadores e presidente teve um papel no momento e na intensidade das medidas de distanciamento e a polarização politizou a pandemia com consequências para a adesão às ações de controle;
- 4- O SARS-CoV-2 circulou sem detecção no Brasil por mais de um mês, resultado da falta de vigilância genômica bem estruturada;
- 5- Cidades impuseram e relaxaram medidas em diferentes momentos, com base em critérios distintos, facilitando a propagação;
Márcia disse ainda que “a falha na implementação de respostas imediatas, coordenadas e equitativas em um contexto de desigualdades locais favoreceu a propagação. E aconteceu de novo! O Brasil enfrenta atualmente o pior momento da pandemia, com recorde de casos e mortes e colapso do sistema hospitalar”.
CPI instalada
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), formalizou a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, que investigará a atuação do governo de Jair Bolsonaro no enfrentamento da pandemia, assim como o uso de recursos federais por estados e municípios na contenção da crise sanitária.
A inclusão dos governos estaduais e municipais foi defendida por Bolsonaro — segundo críticos do governo, essa ampliação tem objetivo de dividir o desgaste do presidente com outras autoridades, assim como dificultar o andamento da investigação, devido ao grande volume de temas a serem apurados.
No caso do governo federal, a CPI deve investigar questões como a responsabilidade da União na falta de oxigênio no Amazonas, o atraso na compra de vacinas e uso de dinheiro público na compra de medicamentos sem comprovação científica (como a hidroxicloroquina), entre outros temas.
A pressão pela investigação cresceu com a escalada de mortes causadas pela COVID-19 — já são mais de 358 mil vítimas da doença no país. A formalização da CPI, porém, só ocorreu após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, que atendeu, na quinta-feira (8/4), pedido dos senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE).
Nesta quarta-feira (14/4), o plenário do STF decide se referenda ou não a decisão de Barroso. A tendência é que ela seja confirmada.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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