O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para que a 10ª Vara Federal Criminal de Brasília encaminhe cópias de todas as perícias feitas no material apreendido na Operação Spoofing, que mirou o grupo de hackers denunciado pela invasão de celulares de autoridades, incluindo procuradores da força-tarefa da Lava Jato e o ex-ministro Sérgio Moro.
Em despacho nesta quarta-feira (14/4) o ministro pede ainda cópias do relatório final entregue pela Polícia Federal com a conclusão das investigações e da denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal no caso.
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Defesa de Lula pede trancamento de ações do sítio de Atibaia e do InstitutoAtrás de Bolsonaro e Lula, Kalil fica em terceiro em ranking de políticosNa segunda-feira, 12, Lewandowski determinou o envio das conversas ao presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins, que conduz um inquérito aberto de ofício a partir das mensagens para apurar se os procuradores da Lava Jato tentaram investigar ilegalmente integrantes da Corte. A investigação está parada, até segunda ordem, por determinação da ministra Rosa Weber.
No final de março, o acervo foi compartilhado, também por determinação de Lewandowski, com o procurador-geral da República, Augusto Aras, e com a corregedora-geral do Ministério Público, Elizeta Maria dos Santos, 'para ciência e providências cabíveis'.
A validade jurídica do material, no entanto, é controversa. Os procuradores da força-tarefa insistem que, além de terem sido obtidas ilegalmente, as conversas podem ter sido adulteradas pelos hackers. Sustentam ainda que as perícias não foram conclusivas e, em última instância, não puderam atestar a veracidade das mensagens trocadas. Na outra ponta, a defesa de Lula vem repetindo que a Polícia Federal apontou a integridade dos diálogos.