Em meio ao aumento de infecções por COVID-19 e os recordes diários de números de mortes, o Palácio do Planalto começou adotar uma posição diferente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e recomendar o uso de máscaras. O equipamento é usado como proteção contra a COVID-19, mas é ignorado pelo chefe do Executivo, seus seguranças, ministros e membros da alta cúpula do governo.
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Recentemente, o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que gostaria que o Brasil fosse reconhecido como uma “pátria de máscaras”. Logo em seguida da declaração, o presidente foi responsável por uma aglomeração no salão do Planalto durante uma coletiva de imprensa. Bolsonaro não utilizou máscara.
Outra nova medida recomendada pelo Planalto é evitar aglomerações. O presidente também não segue essa orientação. Até esta quarta-feira (14/4), ele participou de quatro aglomerações desde o início da semana. Em apenas uma ele utilizou máscara.
Bolsonaro também vem fazendo visitas aos estados. Durante esses eventos, ele abraça, tira fotos, pega no colo crianças e beija apoiadores. O Palácio do Planalto, inclusive, registra esses momentos e divulga no banco de fotos da instituição.
O presidente também tem o costume de falar com apoiadores antes e depois de sair do Palácio do Alvorada, sua residência oficial. Nessas conversas, Bolsonaro também não utiliza equipamento de proteção.
Nas últimas semanas, durante essas conversas, ele vem atacando governadores e prefeitos por tomarem atitudes para frear a pandemia de COVID-19.
Leia: Bolsonaro: governadores e prefeitos estão dando 'amostra do comunismo'
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Mais cedo, nesta quarta-feira (14/04), em vídeo publicado por ele mesmo, o presidente não utilizou a proteção, críticou de jornais e mais uma vez, foi contra as ações necessárias contra a pandemia de COVID-19.
Durante toda a pandemia, o chefe do Executivo teve falas e atitudes negacionistas. Entre elas, negar a gravidade do vírus, recomendar remédios sem comprovação científica, ser contra medidas de proteção, não utilizar máscaras, frequentar aglomerações, negar a compra de vacinas, negligenciar oxigênio para estados e induzir protocolos, dentro do próprio Ministério da Saúde, para implantação de um “tratamento precoce", outra ação sem comprovação científica.
Veja algumas fotos do presidente durante a pandemia de COVID-19
* Estagiária sob supervisão do subeditor João Renato Faria.