Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) criticou nesta quinta-feira (15/04) a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal para apurar possíveis omissões do governo federal - chefiado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido) - durante a pandemia da COVID-19. Segundo o chefe do Executivo mineiro, que citou outros órgãos fiscalizadores a nível federal, não é o momento para esse tipo de investigação no Congresso Nacional.
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“Me parece que é mais um movimento político do que efetivamente um movimento que vai somar algo para a população brasileira, então lamento. Com certeza vai sair alguma informação que o Ministério Público iria levantar daqui um mês, daqui três meses, mas tem pessoas que estão atrás de holofote e não atrás de soluções”.
Depois de muita pressão e negociações diversas, o Senado abriu a CPI da COVID-19 na última terça-feira (13/04), após o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente da Casa, ler em reunião ordinária um requerimento para a instalação da comissão. A abertura só foi possível após aval de Luís Roberto Barroso, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que acolheu nessa quarta-feira (14/04), junto ao plenário, pedido dos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).
Os partidos devem agora oficializar a definição de 11 membros titulares e sete suplentes para compor a CPI da COVID-19. A comissão pode durar até 90 dias para definição de um resultado. Presidente do Senado, Pacheco era inicialmente contra a instalação, mas afirmou que cumpriria a decisão.
“Quando o Supremo Tribunal Federal, a partir de uma decisão monocrática, determina ao Senado que se instale uma CPI, nós faremos funcionar o único órgão presencial no Senado. Obviamente, decisão judicial se cumpre e eu vou cumprir porque tenho responsabilidade institucional e cívica, mas esse será o único órgão a funcionar presencialmente no Legislativo. E eu vou cuidar e buscar a garantia sanitária dos senadores, dos servidores e das pessoas que venham a depor”, afirmou, na última quinta-feira (08/04).