O governo do presidente Jair Bolsonaro tenta ganhar tempo e adiar ao máximo a CPI da Covid para negociar cargos no primeiro escalão e atender parlamentares que querem acomodar emendas no Orçamento deste ano. Em ato assinado nesta segunda-feira, 19, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), havia deixado em aberto a data da instalação da CPI, mas tinha indicado, em conversas com seus pares, que a abertura deveria ocorrer na terça-feira, 27. No final da noite desta segunda, a data foi confirmada.
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CPI da COVID será instalada em 27/4 e senadores vão convocar ex-ministrosPacheco oficializa regras para reunião semipresencial da CPI da covidBarroso: CPI da Covid foi enviada ao plenário para que STF 'falasse a uma só voz'Na mira da CPI da Covid, Bolsonaro conversa com filho de Renan CalheirosCármen Lúcia é sexta ministra do Supremo vacinada contra COVID-19Bolsonaro recebeu empresário que deu carro a seu filho '04', Jair RenanProvável relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL) reclamou do movimento para adiar a instalação do colegiado. "O presidente do Senado (Rodrigo Pacheco) continua naquela, querendo levar para a outra semana. Não é fácil isso", disse Renan ao Estadão. Atacado nas mídias bolsonaristas, o senador deixou ontem as redes sociais e pediu ao Twitter o bloqueio de contas com perfil classificado como "fake".
O acordo fechado prevê que Omar Aziz (PSD-AM) seja o presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) assuma a vice e Renan, a relatoria.
Irritado com o que chamou de "erros" do Planalto, o senador Marcos Rogério (DEM-RO), integrante da CPI, criticou a articulação política do governo Bolsonaro. "O governo errou, deixou correr solto (a CPI). Agora, querem correr atrás do prejuízo", afirmou ele em entrevista à CNN.