Aos 67 anos, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, recebeu a primeira dose da vacina contra a COVID-19 e se tornou a sexta integrante da Corte a ser imunizada. No ano passado, a ministra foi uma das autoridades que contraíram a doença durante a cerimônia de posse do ministro Luiz Fux na presidência do tribunal.
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Membros do alto escalão do governo Bolsonaro também já garantiram a primeira dose, entre eles o vice-presidente Hamilton Mourão e os ministros Paulo Guedes (Economia), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Tereza Cristina (Agricultura), além de Marcelo Queiroga (Saúde), vacinado antes de assumir o cargo.
Em dezembro do ano passado, o Supremo decidiu a favor da vacinação obrigatória contra o novo coronavírus, sem que isso signifique uma imunização à força. Na prática, Estados e municípios terão autonomia para definir sanções contra quem não tomar a vacina, desde que sejam medidas razoáveis e amparadas em leis.
Na época, Bolsonaro foi contrário à decisão. O chefe do Executivo afirmou que uma vacina "experimental" não poderia ser obrigatória. Além disso, argumentou que não haveria vacina para toda a população e, por isso, não seria possível aplicar medidas restritivas a quem não se vacinasse. Ele reiterou que da parte do governo federal não haveria restrições. "Não tem medida impositiva no ano que vem, zero, porque não tem vacina para todo mundo", disse em transmissão ao vivo nas redes sociais no dia 17 de dezembro de 2020.
Desde então, o presidente e aliados adequaram seus discursos para um tom mais favorável aos imunizantes, que agora são vistos pelo chefe do Executivo como a alternativa para vencer a crise sanitária e retomar a economia. Apesar disso, Bolsonaro tem dito que será o "último" a se vacinar, mesmo que a imunização já esteja disponível para sua idade, 66 anos, no DF.