Evelyn Melo de Queiroz, uma das filhas de Fabrício Queiroz, o ex-assessor parlamentar do hoje senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) que, junto com o filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é acusado pelo Ministério Público do Estado do Rio (MP-RJ) de operar um esquema de rachadinhas (devolução de parte do salário de funcionários) quando Flávio era deputado estadual no Rio de Janeiro, foi nomeada no último dia 12 para trabalhar na secretaria estadual da Casa Civil do Rio, chefiada por Nicola Moreira Miccione. Dois dias depois Evelyn - que também trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro e foi denunciada pelo mesmo esquema de rachadinhas - foi exonerada do cargo. O governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), a quem Miccione é subordinado, é aliado de Bolsonaro.
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Evelyn trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) depois que uma irmã dela foi exonerada.
Em nota, o governo do Estado afirmou que o secretário da Casa Civil recebeu currículos para possíveis nomeações. "Alguns nomes foram entrevistados pelo subsecretário de Administração e, sem que tivesse sido previamente avaliado pelo GSI, a nomeação foi publicada no Diário Oficial", diz a nota. "Após ser identificada a vinculação de parentesco, antes mesmo de tomar posse, o secretário determinou tornar sem efeito a nomeação", conclui o texto.