Um dia antes da reunião de 40 dos mais influentes líderes mundiais para falar sobre soluções contra as mudanças climáticas, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participou de uma videoconferência sobre o assunto nesta quarta-feira (21).
Ela contou com a presença da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, e representantes dos 50 maiores grupos privados que fazem parte do Conselho Diálogo pelo Brasil, coordenado pelo empresário Paulo Skaf, presidente da Fiesp. O embaixador Leonardo Athayde, diretor do departamento de Meio Ambiente do Itamaraty, também esteve presente.
O encontro foi mediado pelo próprio Skaf e foi uma espécie de continuação da reunião realizada no dia anterior entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o mesmo grupo de empresários. Os empresários teriam cobrado ações de curto prazo que demonstrem o comprometimento do Brasil com o combate ao desmatamento ilegal.
Segundo a assessoria da Fiesp, a reunião foi amistosa e os participantes têm boas expectativas para o pronunciamento de Bolsonaro na Cúpula de Líderes sobre o Clima.“Foi uma reunião muito boa, em que todos puderam dar sua contribuição, sempre visando o interesse maior do Brasil”, afirmou o empresário.
Salles nas redes
Durante a reunião, Salles ressaltou que quer regulamentar o mercado de créditos de carbono — iniciativa que tem o apoio do empresariado. O ministro também resumiu a atuação do ministério desde 2019, considerando o trabalho como positivo.
No entanto, Ricardo Salles tem sido alvo de uma extensa campanha nas redes sociais que pede sua saída da pasta. Ele chegou a discutir, no Twitter, com a cantora Anitta, em resposta a um post que pedia a demissão do ministro. Na conversa, o ministro chamou a artista de "teletubbie".