Na transmissão ao vivo nesta quinta-feira (22/4), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a vacinação contra a COVID-19 e defendeu a produção de um medicamento contra o novo coronavírus. Em diálogo com o ministro da Ciência e Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, o presidente fez referência ao nitazoxanida, conhecido popularmente no Brasil como Annita, que é vermicida.
"É impressionante como só se fala em vacina, né? Mas também, uma compra bilionária, no mundo todo, então é só vacina. Ninguém é contra a vacina. O Brasil, tirando os países que produzem vacinas, é primeiro no mundo em valores absolutos em doses aplicadas", afirmou Bolsonaro.
Marcos Pontes também falou sobre pesquisas com a Versamune, vacina desenvolvida em Ribeirão Preto, ainda na fase de testes.
“Essa é 100% brasileira. Não é aquela mandraque de São Paulo, que tinha os Estados Unidos no meio", ironizou Bolsonaro, criticando indiretamente o governador paulista, João Doria, que em março anunciou a produção de uma vacina 100% nacional pelo Instituto Butantan.
“Foi um trabalho muito grande do Marcos Pontes”, elogiou o presidente.
Mudança de postura
Bolsonaro evitou mencionar as palavras hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina por causa das novas políticas do Yotube e Facebook, que optou por retirar do ar os vídeos com conteúdo sobre tratamento precoce, que não tem comprovação científica para a COVID-19.
“Cuidado com certa palavra para não cair a live”, disse o chefe do Executivo.