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Estado de Minas COVID-19

PGR denuncia governador do AM e outras 17 pessoas por crimes na pandemia

Principal irregularidade se refere à compra de respiradores para pacientes internados nos hospitais do estado.


26/04/2021 17:36 - atualizado 26/04/2021 17:56

Wilson Lima estaria envolvido em organização criminosa durante pandemia(foto: Michael Dantas/AFP)
Wilson Lima estaria envolvido em organização criminosa durante pandemia (foto: Michael Dantas/AFP)
 
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), e outras 17 pessoas foram denunciadas pela Procuradoria Geral da República (PGR) nesta segunda-feira (26/4) por crimes cometidos durante a pandemia do coronavírus. A principal irregularidade se refere à compra de respiradores para pacientes internados nos hospitais do estado.
 
De acordo com a denúncia feita ao Superior Tribunal de Justiça (STF), a investigação começou no ano passado, depois que 28 aparelhos foram de uma loja de vinhos. A operação já teve três fases de medidas como busca e apreensão autorizadas pelo ministro Francisco Falcão, relator do caso no STJ.
 
"Foi instalada uma verdadeira organização criminosa que tinha por propósito a prática de crimes contra a Administração Pública, especialmente a partir do direcionamento de contratações de insumos para enfrentamento da pandemia, sendo certo que, em pelo menos uma aquisição, o intento se concretizou”, afirma a denúncia assinada pela subprocuradora-geral da República Lindôra Maria Araújo. O relator da denúncia no STJ é o ministro Francisco Falcão. 

Além do governador do Amazonas, a PGR também denunciou o vice-governador Carlos Almeida (PTB), o secretário-chefe da Casa Civil, Flávio Antony Filho, o ex-secretário de Saúde Rodrigo Tobias e outras 15 pessoas, entre servidores públicos e empresários.
 
Os investigadores juntaram documentos, depoimentos e trocas de mensagem para embasar a denúncia apresentada hoje ao STJ.

Wilson Lima e um servidor do governo do Amazonas também são acusados pela PGR de atrapalhar as investigações por meio da adulteração de documentos.

Na denúncia, a PGR pede os servidores percam seus cargos e sejam condenados, inclusive o governador, a pagar R$ 191.852,80 por danos morais coletivos.


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