O Chefe de gabinete da secretaria de Estado de Saúde do governo Zema, João Márcio Silva de Pinho, e o ex-chefe da Assessoria de Comunicação, Everton Luiz de Souza, suspeitos de obstrução na investigação dos fura-fila, vão depor na próxima quinta-feira (29/4) na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) realizada na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
Leia: Fura-fila: Zema confirma demissão de suspeitos de obstrução de investigação
Leia: Fura-fila: Zema confirma demissão de suspeitos de obstrução de investigação
João e Everton participaram de reunião em que a mudança de servidores em home office para o teletrabalho foi proposta. A troca foi pensada para proteger os profissionais das investigações feitas por Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e Assembleia Legislativa.
No áudio da reunião, obtido pelo Estado de Minas, um participante, que se apresenta como João e diz ser o chefe de gabinete, cita que a CPI e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) solicitaram documentos detalhando se os imunizados estavam em home office ou em trabalho de campo à época da aplicação das injeções. Os órgãos de investigação pedem, ainda, que seja informado o regime de trabalho dos vacinados à época da reunião.
Ele, então, sugere que funcionários vacinados em home office voltem ao trabalho presencial para que ele possa alterar o documento a ser enviado às autoridades. “Acho que seria mais seguro para vocês se passassem a ter regime presencial e que o documento indicasse isso”, diz.
Entenda
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fura-Filas da Vacinação foi criada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para apurar a vacinação irregular de grupos não prioritários no Estado, o baixo investimento na ampliação de leitos para o enfrentamento da pandemia de COVID-19 e a não aplicação do mínimo constitucional em serviços públicos de saúde.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
Minas Gerais tem 10 vacinas em pesquisa nas universidades
Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
Entenda as regras de proteção contra as novas cepas