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Estado de Minas CPI DA COVID

CPI da COVID: Não somos discípulos de Dallagnol ou Sergio Moro, diz Renan

Relator disse também que não vai fazer powerpoint


27/04/2021 13:36 - atualizado 27/04/2021 15:22

Segundo o senador, a CPI será um 'santuário da ciência contra o negacionismo' (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Segundo o senador, a CPI será um 'santuário da ciência contra o negacionismo' (foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)
Durante o discurso na primeira reunião da CPI da COVID, nesta terça-feira (27/4), o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator dos trabalhos na comissão, afirmou que a investigação não seguirá os passos do ex-coordenador da força-tarefa da operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol, e do ex-juiz Sergio Moro.

"Não somos discípulos nem de Deltan Dallagnol nem de Sergio Moro. Não arquitetaremos teses sem provas ou powerpoints contra quem quer que seja. Não desenharemos o alvo para depois disparar a flecha”, pontuou Renan.

Segundo o senador, a CPI será um "santuário da ciência contra o negacionismo”. 

O relator ainda falou sobre o militarismo no governo Bolsonaro. Segundo ele, os militares precisam estar dentro dos quartéis e os “médicos dentro dos hospitais”. 

O nome de Renan foi muito discutido pelos parlamentares.  Isso porque a ala bolsonarista aponta que o senador poderia agir como um "carrasco" pelas suas ideologias contra o presidente Bolsonaro. 

Durante as últimas semanas, o senador recebeu muitos xingamentos nas redes sociais por ser um possível relator.


Entenda

A reunião foi aberta às 10h e, por duas horas e meia, houve debates entre os parlamentares. Enquanto a base aliada questionou a possível indicação de Renan, a oposição afirmou que o senador não pode ter limitadas as suas prerrogativas parlamentares.

Na noite de ontem,  a Justiça Federal em Brasília chegou até mesmo a conceder uma liminar atendendo a um pedido da deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), para suspender a eventual escolha de Renan para relator. A Mesa do Senado recorreu, e o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), com sede em Brasília, derrubou a decisão.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 

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