Durante o discurso na primeira reunião da CPI da COVID, nesta terça-feira (27/4), o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator dos trabalhos na comissão, afirmou que a investigação não seguirá os passos do ex-coordenador da força-tarefa da operação Lava-Jato, Deltan Dallagnol, e do ex-juiz Sergio Moro.
"Não somos discípulos nem de Deltan Dallagnol nem de Sergio Moro. Não arquitetaremos teses sem provas ou powerpoints contra quem quer que seja. Não desenharemos o alvo para depois disparar a flecha”, pontuou Renan.
Segundo o senador, a CPI será um "santuário da ciência contra o negacionismo”.
O relator ainda falou sobre o militarismo no governo Bolsonaro. Segundo ele, os militares precisam estar dentro dos quartéis e os “médicos dentro dos hospitais”.
O nome de Renan foi muito discutido pelos parlamentares. Isso porque a ala bolsonarista aponta que o senador poderia agir como um "carrasco" pelas suas ideologias contra o presidente Bolsonaro.
Durante as últimas semanas, o senador recebeu muitos xingamentos nas redes sociais por ser um possível relator.
Entenda
A reunião foi aberta às 10h e, por duas horas e meia, houve debates entre os parlamentares. Enquanto a base aliada questionou a possível indicação de Renan, a oposição afirmou que o senador não pode ter limitadas as suas prerrogativas parlamentares.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.
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