Jornal Estado de Minas

CPI DOS 'FURA-FILAS'

Ex-secretário Carlos Eduardo Amaral tem data marcada para depor em CPI

Ex-secretário de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral vai depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos “fura-filas”, instalada pela Assembleia Legislativa de Minas (ALMG), em 11 de maio (terça-feira), às 9h. Ele será ouvido pela comissão na condição de investigado.





A CPI também agendou o depoimento de outras pessoas envolvidas em um possível esquema ilegal de vacinação contra COVID-19 entre servidores do governo de Minas. Na próxima terça-feira (4/5), às 9h, Virgínia Cornélio da Silva, ex-chefe de comunicação social da Secretaria de Estado de Saúde (Ses) de Minas Gerais, e Janaína Fonseca Almeida, diretora de Vigilância de Agravos Transmissíveis da Ses, prestarão depoimento.

Já na quinta-feira (06/05), também às 9h, Luiz Marcelo Cabral Tavares, ex-secretário-adjunto de Saúde, também vai depor. Todos os citados vão participar da CPI na condição de investigadosNesta quinta-feira (29/04), Everton Luiz Lemos de Souza, ex-chefe de comunicação social da Ses, foi ouvidoJá na segunda-feira (03/05), João Márcio de Silva de Pinho, ex-chefe de gabinete da Ses, vai prestar depoimento.

A CPI dos ‘fura-filas’ foi instalada pela ALMG em 13 de março deste ano e apura a quebra da prioridade da vacinação contra a COVID-19 entre servidores do governo de Minas.

Em março deste ano, a princípio, foram vacinados 500 funcionários que atuam na Cidade Administrativa, sede do governo de Minas. Alguns deles, contudo, estavam em regime de teletrabalho, o que levantou suspeitas sobre a prioridade dessa imunização.





Depois, uma lista com 806 nomes de pessoas vacinadas foi entregue pelo Executivo à ALMG. O deputado estadual Agostinho Patrus (PV), presidente da Casa, não reconheceu a legitimidade do documento e pediu nova relação, que conta com 828 nomes após a retificação.

Posteriormente, uma nova lista com nomes de mais 1.852 servidores da Ses vacinados contra a COVID-19 foi entregue pelo governo à ALMG.

Com o escândalo anunciado, Zema oficializou, em 13 de março, uma troca na Ses. Carlos Eduardo Amaral foi exonerado e deu lugar a Fábio Baccheretti, que segue no posto até hoje. Outras demissões também aconteceram por causa dessa questão, algumas até já depois da posse de Baccheretti.

As mais recentes ocorreram na última sexta-feira (23/4). João Márcio Silva de Pinho, chefe de gabinete desde a gestão de Amaral, e Everton Luiz de Souza, chefe da assessoria de Comunicação nomeado por Baccheretti, foram exonerados após indícios de interferência nas investigações.

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