O novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, defendeu o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) das críticas por não seguir e nem promover as medidas de cuidado e distanciamento social para evitar a contaminação pelo coronavírus, causador da COVID-19.
Em entrevista à revista Veja publicada nesta sexta-feira (30/4), Torres foi questionado se considera que Bolsonaro dá um mal exemplo quando anda sem máscara, promove aglomerações e se posiciona contra as medidas de restrição necessárias para conter a pandemia.
“Sou radicalmente contra as forças de segurança prenderem uma pessoa que está em uma praça pública, andando de bicicleta, vendendo algo na esquina ou surfando no mar”, respondeu o ministro. “Se o presidente sai sem máscara e se expõe, cabe a quem está ali perto dele se cuidar. É um absurdo o chamarem de genocida. É uma covardia, num momento como este, misturar a tragédia com política”, defendeu.
Torres assumiu o Ministério da Justiça no fim de março. Ele é próximo do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filhos do presidente. A entrada dele na pasta foi uma das seis trocas feitas pelo presidente em postos estratégicos do primeiro escalão do governo.
Nessa quinta-feira (29/4), o Brasil alcançou a marca de 401.186 mortos pela COVID-19 desde o início da pandemia, em março do ano passado. O número de mortos é 13 vezes maior que a média anual de óbitos em acidente no trânsito.