O governador Romeu Zema (Novo) reconheceu, nesta sexta-feira (30/4), que a proposta de conceder auxílio financeiro às famílias mineiras em extrema pobreza foi ideia da Assembleia Legislativa.
Os deputados estaduais aprovaram a concessão de R$ 600, em parcela única, por causa da pandemia de COVID-19. Nessa quinta (29), um dia antes do aval definitivo dos parlamentares, o chefe do Executivo foi às redes sociais anunciar a iniciativa.
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Quando comunicou que iria pagar a ajuda, Zema falou em depositar R$ 500 às famílias vulneráveis — o mesmo valor presente no projeto original da Assembleia. Nesta sexta, contudo, os deputados aprovaram o texto com aumento de R$ 100 nas cifras.
Se dirigindo aos deputados, o governador pediu perdão pelo anúncio antecipado — e a consequente percepção de que fora ele o responsável pela proposta.
“Lamento e peço desculpas se a comunicação do governo foi interpretada dessa maneira”.
Patrus lembra que projeto é de todos os deputados
O auxílio de R$ 600 integra o Recomeça Minas, pacote que estabelece mecanismos para a renegociação de dívidas fiscais de empresas. A Assembleia estima que o refinanciamento pode gerar R$ 2 bilhões aos cofres públicos neste ano. A ideia é utilizar parte dessa receita extraordinária para custear o socorro aos que estão em extrema pobreza.
Após a aprovação do texto, Agostinho Patrus sustentou que o projeto tem a assinatura dos 77 integrantes do Legislativo estadual. Mais cedo, pelo Twitter, o deputado do PV subiu o tom contra o chefe do Palácio Tiradentes.
“Governador Zema, se apropriar indevidamente de uma iniciativa sem consentimento do proprietário é crime previsto no Código Penal. Na vida, dar crédito pelas ideias é importante. Na vida pública, dar crédito é imprescindível, porque desafios só são superados quando somamos forças”, disparou.