-->-->-->-->
O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), disse, na noite desta sexta (30/4), que “é desumano falar em eleições no meio da pandemia”. Ele afirmou que o centro precisa se organizar para disputar o Palácio do Planalto e os estados, mas de maneira interna, sem levar o debate para a população.
“Eu sou muito pragmático. Não se tem debate político sério se não acontecer nesse país um arrefecimento dessa tragédia diária que nós estamos vivendo. Isso vai gerar uma antipatia popular nunca vista”, disse o chefe do Executivo municipal em transmissão ao vivo no canal do presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), Antônio Neto, no YouTube.
Leia: 'Eu e Ciro conversamos e nos entendemos', diz Mandetta sobre 2022
Cotado para concorrer como governador de Minas Gerais no ano que vem, Kalil disse que sua resposta é “simples”. “É desunamo. Se organizar internamente, as lideranças que pretender fazer esse trabalho, é uma coisa. Agora, se levar isso para o debate público hoje é outra coisa completamente diferente”, completou.
O prefeito também disse que o centro precisa se organizar com “nome e sobrenome” para apresentar à “ponta (prefeituras)” um projeto de governo, ainda que internamente.
“Não sou modesto, nem mentiroso. Acho que é um tema que deve ser tratado, sim. A política é feita com consciência. Já deveria estar se reunindo e se estabelecendo uma terceira via, não que eu seja contra uma, ou a segunda, ou a terceira”, destacou Kalil.
O ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e o ex-prefeito de São Paulo Márcio França (PSB) também participaram do debate.