Doze deputados estaduais mineiros filiados a PT, Rede Sustentabilidade, PSOL, PCdoB e PSB querem que a corregedoria da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) dê explicações sobre a ação que levou à prisão, no sábado (1º/5), de um homem apontado como responsável por atirar ovos em bolsonaristas que participavam de manifestação em Belo Horizonte.
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Seminu e sentado na privada, vereador de BH posta vídeo íntimo na webBrasília: Lula cumpre agenda de quatro dias com políticosEx-chefe de gabinete da Saúde de MG orientou vacinados a deixar home officeApós presenciar detenção sem mandado, Bartô deve ser expulso do NovoVídeo mostra prisão sem mandado de homem por 'jogar ovos' em bolsonaristasCâmara Federal pode discutir prisão por 'ovadas' em bolsonaristas em BHO requerimento solicitando explicações foi encaminhado à Comissão de Direitos Humanos e precisa de aprovação dos integrantes do grupo para ser remetido à PMMG.
A suspeita de deputados é que o Filipe tenha sofrido violações de Direitos Humanos. Os policiais alegaram que a detenção ocorreu em flagrante.
Além de sete homens da lei, a comitiva que subiu ao apartamento do homem, de 32 anos, tinha o deputado estadual Bartô (Novo). Bruno Engler, do PRTB, postou vídeo nas redes sociais pedindo que responsáveis por atirar ovos nos manifestantes fossem identificados.
“É possível que tenha ocorrido arbitrariedade e que o rapaz tenha sido preso ilegalmente. Inclusive, que a polícia tenha entrado sem mandado judicial, condição para entrar na casa de uma pessoa”, diz Cristiano Silveira (PT), que já presidiu a Comissão de Direitos Humanos da ALMG e é um dos responsáveis pelo pedido de informações.
Filipe entrará com processo por danos morais, calúnia e difamação. "Eu temo pela minha vida, a ditadura bateu na minha porta. Foi uma ação política", desabafou.
Entenda o caso
O fato aconteceu quando a carreata pró-Bolsonaro passava pela Avenida Afonso Pena, no Centro de BH. Centenas de apoiadores do presidente se reuniram no sábado – muitos deles pediam intervenção militar em ato antidemocrático.
O protesto começou no meio da manhã, com marchas militares, ao som de axé. Moradores de prédios da Avenida Afonso Pena, contrários ao movimento, bateram panela e jogaram ovos nos manifestantes.
Perto das 13h, a polícia – acompanhada de manifestantes – foi até a portaria do prédio do homem. Alegando que se tratava de um flagrante, pois havia supostas imagens que mostravam um morador jogando ovos da janela, os policiais subiram até o apartamento.
O homem saiu algemado e foi levado para a delegacia. Uma moradora do prédio contou que o vídeo, usado como prova para a prisão em flagrante, não foi mostrado. Ele acabou liberado na noite do mesmo dia.
"Foi muito injusto, a situação é revoltante. Na rua, várias pessoas aglomeradas, sem máscara e pedindo intervenção militar, e eles invadem o nosso apartamento?", relatou, sob reserva, uma moradora do edifício.
“Apresentamos esse requerimento para esclarecer o episódio em que a polícia entra na casa do cidadão e efetua a prisão sob a alegação de flagrante, utilizando como sustentação apenas a acusação de algumas pessoas que estavam na manifestação”, justifica Cristiano Silveira.
Os parlamentares também solicitaram que o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio Comunitário do Ministério Público de Minas Gerais (CAO-DH) participe da apuração.