O relator da CPI da COVID, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou nesta quinta-feira (6/5), um requerimento para convocar a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como “Capitã Cloroquina”.
Na tarde dessa quarta-feira (5/5), a secretária confirmou que ela foi a responsável pelo planejamento de uma comitiva de médicos que difundiu o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a COVID-19 em Manaus dias antes de o sistema de saúde do Amazonas entrar em colapso, em janeiro último. O depoimento foi dado ao Ministério Público Federal (MPF) no Amazonas.
A promoção de remédios sem eficácia e as ações do Ministério da Saúde antes e durante o colapso em Manaus são alvo das investigações da CPI da COVID no Senado.
Marcelo Queiroga evita responder perguntas sobre a cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina. Os remédios não tem comprovação cientifica comprovada contra a COVID-9. Ele alega que não pode responder por ser autoridade máxima na Saúde.
Queiroga assumiu o comando do Ministério da Saúde em 15 de março deste ano. Ele é o quarto gestor da pasta: primeiro, Luiz Henrique Mandetta (1° janeiro - 16 de abril), depois Nelson Teich (16 de abril - 15 de maio). O terceiro foi o general Eduardo Pazuello, que assumiu como interino em 15 de maio, mas só foi concretizado quatro meses depois (16 setembro - 15 março).
A CPI ouviu Mandetta na terça (4/5) e Teich na quarta (5/5). Pela ordem cronológica, o próximo seria Pazuello, mas ele alegou ter contato com pessoas que testaram positivo para a COVID-19 e, por isso, o depoimento foi remarcado para 19 de maio.
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* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.