O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) atacou, nesta quinta-feira (6/5), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso – que é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) – e afirmou que fará articulação no Congresso para aprovar o voto impresso nas eleições de 2022.
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Em reação a Bolsonaro, China diz que se opõe a 'tentativa de politizar' pandemiaAssessor especial da Presidência ataca STF e diz que vai 'para guerra'CPI: Renan questiona Queiroga 10 vezes sobre cloroquina e ministro se calaVolta do voto impresso tem disputa apertada no SenadoAnálise: Queiroga tentou se equilibrar em terreno pantanosoEm transmissão ao vivo nas redes sociais, o presidente se referiu ao Brasil como “republiqueta” e disse que não haverá eleição caso o voto seja eletrônico.
“O Barroso é o dono do mundo, o homem da verdade. Se Jesus Cristo baixar na terra, ele vai ser boy do ministro Barroso. Ninguém mais aceita esse voto. Como vamos falar se o voto é preciso, é legal, é justo e não é fraudado”, afirmou o presidente, que recebeu o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.
“A única republiqueta do mundo que aceita o voto é a nossa. Tem que ser mudado. Se o Parlamento aprovar, sendo 3/5 da Câmara e do Senado, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Se não tiver voto impresso, não tem eleição”, completou.
A hipótese é rechaçada por ministros do TSE, que condenam o alto custo da operação. Eles defendem a segurança do sistema eletrônico de votação.
Decreto
Bolsonaro voltou a falar em decreto federal para burlar as medidas restritivas adotada por governadores e prefeitos durante a pandemia da COVID-19.
“É realmente complicado viver nesse país, né? Ser criticado por um decreto que vai copiar o inciso do artigo 5º da constituição. Se for necessário, vamos fazer isso daí”, disse o presidente.