O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender o tratamento precoce contra o coronavírus e agiu com ironia ao comentar uma notícia veiculada na imprensa sobre o lucro da fabricante AstraZeneca com a vacinação em massa em todo o mundo.
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“A AstraZeneca vai aumentar o lucro em 2021, com toda certeza, se a pandemia continuar. Vai aumentar em 2022, 2023 e 2024. Não sou cientista, médico ou infectologista. Mas acho que devemos procurar o remédio para a questão da COVID-19”, afirmou o presidente, ao se referir à cloroquina, ivermectina e azitromicina.
Bolsonaro falou rapidamente sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) instalada no Senado para apurar possíveis irregularidades do governo federal na pandemia.
O presidente desobedeceu norma do YouTube e voltou a falar abertamente sobre o tratamento precoce. A plataforma afirmou há várias semanas que retiraria os vídeos do ar que fizessem apologia à cloroquina, que não é recomendada pelas autoridades de saúde.
“A CPI bateu muito no Marcelo Queiroga (ministro da Saúde). Cloroquina, cloroquina, o tempo todo esse assunto. Ah, mas o presidente falou... Eu fui tratado com cloroquina e ponto final. O secretário de Saúde do Dória usou. Negou até aparecer a receita médica. No mínimo 10 senadores usaram”, disse Bolsonaro.
Ele Concluiu a ideia em tom nervoso: “Então, quem não tem alternativa, cala a boca, deixa de ser canalha com quem usa alguma coisa”.
O presidente disse ainda que que toma Coca-Cola para se curar de eventuais problemas estomacais.
“Vou abrir o jogo. Amanhã vou até ser criticado. Quando tenho problema de estômago, alguém sabe o que eu tomo? Coca-cola. E fico bom. É problema meu. O bucho é meu. Talvez meu bucho corroído me salvou da facada do Adélio”, afirmou.
Ele voltou a falar em decreto federal para burlar as medidas restritivas adotada por governadores e prefeitos durante a pandemia da COVID-19.