A volta às aulas, o acesso de todos os estudantes aos meios digitais, o incentivo à cultura e retorno do setor de eventos estiveram entre os temas mais cobrados pelo vereadores, durante prestação de contas do prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD), na manhã desta segunda-feira (10/5), na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH).
O prefeito de BH disse que a evolução dos números da pandemia, diante da reabertura gradual, indicarão os rumos a serem tomados. Kalil disse que "a robustez das finanças municipais" permitiu a injeção, até agora, "de aproximadamente R$ 900 mil" na economia da cidade, durante a pandemia.
O prefeito de BH disse que a evolução dos números da pandemia, diante da reabertura gradual, indicarão os rumos a serem tomados. Kalil disse que "a robustez das finanças municipais" permitiu a injeção, até agora, "de aproximadamente R$ 900 mil" na economia da cidade, durante a pandemia.
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O prefeito disse que a PBH planeja ampliar a inclusão digital para famílias com pessoas em idade escolar. Mas passou a bola para Leandro Matos, da Prodabel, que explicou estar em curso um projeto para a instalação de 1.075 de locais acesso a internet gratuita. "As escolas públicas municipais têm laboratório de informática e wi-fi. O prefeito se refere à expansão que vai além da inclusão digital, principalmente para vilas e favelas. É levar conectividade, sinal de wi-fi para dentro das casas, dispositivos para pontos estratégicos e aumentar o processo de capacitação dessas pessoas, para que possam saber lidar desde o básico até processos mais sofisticados."
Flávia Borgia (Avante) classificou como "absurda" a greve sanitária dos educadores do ensino infantil, apontou que um terço das crianças e adolescentes na capital se "encontram em situação de vulnerabilidade social, sem acesso ao ensino remoto. Ela questionou se há outra estratégia de ensino e como garantir "a Constituição Federal, que assegura que as crianças não morram de fome".
O prefeito disse que no ensino infantil é uma opção da família levar ou não a criança à escola. E que há um trabalho ininterrupto da prefeitura, desde março do ano passado. "Já foram distribuídas, apenas para famílias dos alunos, 141 mil cestas básicas por mês." Ele garantiu que poucas capitais, como Belo Horizonte, têm condições de oferecer segurança alimentar a essas pessoas.
Ciro Pereira do PTB pediu explicações sobre repasses de verbas a uma rede de supermercados para compra das cestas básicas distribuídas pela prefeitura. Segundo o parlamentar, uma única rede seria contemplada. Kalil contestou os dados, disse que todos os supermercados que se credenciaram na PBH estão no portal da prefeitura. "Não houve concorrência, quem quisesse poderia vir. Qualquer grande rede que atenda a pobreza poderá vir, sem concorrênca dentro dos preços estabelecidos, em igualdade de condições."
A vereadora do PSOL, Iza Lourença, cobrou ações para o setor cultural, por ser o primeiro a fechar na pandemia "e provavelmente o último a reabrir. Quanto haverá investimentos para a retomada cultural de forma possível a ter impacto positivo na cidade?", questionou.
O prefeito reconheceu que o setor cultural não conta mais "com grandes orçamentos", mas informou que nesse domingo (9/5) autorizou um edital para a "quadrilha vitual" na festa junina deste ano, que era de R$ 1,6 milhão, mas "autorizei um edital de R$ 600 mil. Metade, porque será virtual e se gasta menos". E reconheceu que essas suspensões de grandes eventos, como o carnaval, "traz grandes prejuízos à cidade".
Reinaldo Gomes Preto do Sacolão (MDB) destacou a importância da ajuda às empresas do setor de eventos, "que contribuem no emprego e crescimento econômico da cidade". A resposta do prefeito foi que a abertura gradual vem precedida de queda de números da pandemia. "Fato importante para nós. Esperamos e desejamos que essa nova abertura e sua ampliação continuem a derrubar números e possamos abrir para esses eventos. Temos consciência do sofrimento desse povo."
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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