Em fala inicial no depoimento à CPI da Covid, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten relatou brevemente seu envolvimento nas negociações para a compra da vacina da Pfizer. Segundo ele, quando soube em novembro do ano passado que a empresa havia endereçado carta ao governo brasileiro, Wajngarten procurou "imediatamente" tentar auxiliar "eventual impasse". "Minha atitude foi republicana e no sentido de ajudar", disse o ex-secretário.
Wajngarten narrou que viu "por bem" levar o assunto da Pfizer para o presidente Jair Bolsonaro, "na busca de uma solução rápida", e "assim foi feito". "Como secretário de Comunicação era bombardeado diariamente por dezenas de pautas da mídia cobrando questões de imunização. Porque a perfeita integração entre público e privado é vital para uma sociedade mais justa", afirmou o ex-secretário.
Wajngarten afirmou também que "sempre" teve toda "liberdade possível" para trabalhar no governo. "Toquei a secretária sem interferência de ninguém. Ao menor sinal de interferência eu teria ido embora", respondeu ao relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL). "Sempre tive toda a liberdade possível sem absolutamente interferência de ninguém", disse. Até agora em seu depoimento, Wajngarten fez elogios ao ex-chefe, presidente Jair Bolsonaro. "Bolsonaro superou um ataque covarde e nunca desistiu ou perdeu a fé. Com ele aprendi a ser resiliente", disse Wajngarten
"Participei da luta do governo para combater essa pandemia e venceremos. Não podemos ser omissos, foi um honra e desafio atuar no governo democraticamente, foi honra e desafio profissional. Jamais me conformei com a inércia da burocracia. É desafiador comunicar adequadamente desde simples gesto de Presidente a medidas", afirmou ele, lembrando de quando foi infectado com covid logo no início da pandemia, em março.
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