Em depoimento à CPI da Covid, o ex-secretário de Comunicação da Presidência Fábio Wajngarten afirmou que partiu dele a determinação sobre a distribuição dos recursos para campanhas publicitárias, que teriam priorizado ações sobre "preservação de emprego e renda" em detrimento dos aspectos sanitários, conforme narrou o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). "(Governo) sempre se preocupou com as duas ondas", disse o ex-Secom, que voltou a dizer que não havia interferências externas sob seu trabalho.
Segundo ele, foram feitas 11 campanhas informativas e publicitárias envolvendo o temática da pandemia do novo coronavírus, sendo quatro da Secretária de Comunicação e sete do Ministério da Saúde, entre fevereiro de 2020 até o presidente momento. Wajngarten disse também que o total de verba disponibilizada para campanhas sobre o assunto foi de R$ 285 milhões, entre a secretária e o Ministério da Saúde.
"Critério da tecnicidade e economicidade definiam mídias para publicidade. Secom e ministério comunicaram de acordo com a evolução da pandemia", disse o ex-Secom. Wajngarten respondeu ainda que não houve campanha e visasse contrariar medidas de estados e municípios.
"A medida que protocolos de conhecimento da pandemia foram evoluindo sou totalmente a favor dos protocolos (não farmacológicos), a medida que ciência e médicos forem evoluindo, eu acolhei tudo o que eles falarem", afirmou.
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