A senadora Rose de Freitas (MDB-ES) afirmou ter sido vítima de uma tentativa de descrédito de sua honra e dignidade, após ser alvo de mandado de busca e apreensão expedido pelo ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal. "Desconheço, até o momento, as razões do mandado e reafirmo não ter cometido qualquer ato ilícito ao longo dos oito mandatos exercidos na vida pública", disse a senadora, em nota oficial.
Deflagrada pela Polícia Federal nesta quarta-feira, a Operação Corsários investiga suposta organização criminosa que atuava na Companhia Docas do Espírito Santo entre 2015 e 2018. Segundo o mandado, o grupo desviava recursos públicos de contratos fechados com prestadoras de serviços, um deles para locação de veículos. De acordo com a PF, a ofensiva mira supostos crimes de concussão, corrupção passiva e ativa, organização criminosa, fraude a licitações e lavagem de capitais.
"As apurações revelaram a existência de uma verdadeira organização criminosa infiltrada na empresa pública, por meio da indicação de pessoas de confiança do grupo para postos chaves, permitindo dessa forma a interferência nos certames, o superfaturamento e desvio dos valores pagos nos contratos subsequentes", explicou a PF em nota.
A senadora diz desconhecer, até o momento, as razões do mandado. "Confio no restabelecimento da verdade e na apuração das possíveis motivações que ensejaram tamanha agressão. Identifico claramente uma tentativa de desabonar minha honra e dignidade. Não cederei a pressões de qualquer natureza, venham de onde vierem", afirma a parlamentar.
A operação resultou na prisão do assessor e do irmão da senadora. Além disso, também foram realizadas buscas no apartamento funcional onde a parlamentar vive, em Brasília.
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