No fim da sessão desta quarta-feira (12/5), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), leu o ato de instalação da comissão parlamentar que vai debater a volta do voto impresso. O mais cotado para a presidência é o deputado Paulo Eduardo Martins (PSC-PR) que, se vencer, deverá indicar, como relator, o deputado Bolsonarista Filipe Barros (PSL-PR).
É mais uma vitória da base do governo na Câmara e o próprio presidente da República defendeu, também na quarta, a modalidade de votação em detrimento do sistema eleitoral brasileiro que, apesar disso, é considerado um dos mais modernos e seguros do mundo.
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Relator da CPI, Calheiros pede prisão de Wajngarten; presidente da comissão negaAlexandre de Moraes mantém domiciliar de Daniel SilveiraCPI da Covid: 7 momentos do tenso depoimento de Fabio WajngartenCOVID: prefeito do Rio quer vacinar até outubro todos os maiores de 18 anosPfizer deve confirmar negligência do governo na CPI da COVIDA comissão será instalada nesta quinta (14) às 15h. “Esta presidência decide constituir comissão especial destinada a proferir parecer a proposta de emenda à Caonstituição (PEC) número 135/2019 de Bia Kicis, e acrescenta o parágrafo 12 ao artigo 14 da Constituição Federal, dispondo que na votação e apuração de eleições, plebiscitos e referendos seja obrigatória a expedição de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor, a serem depositadas em urnas indevassáveis para fins de auditoria”, leu o presidente da Câmara cercado de Bolsonaristas.
Apesar do favoritismo, haverá eleição para decidir o presidente da comissão especial. Mais cedo, durante evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro disse que com o voto impresso, “não pairará qualquer sombra de dúvida na cabeça de qualquer cidadão brasileiro se o processo foi conduzido com lisura ou não, porque será dessa maneira”. “Tenho certeza que nas urnas de 2022, com o voto auditável aprovado por vocês, tendo à frente a (deputada) Bia Kicis, não teremos mais dúvida”, disse. Kicis é uma das mais fiéis bolsonaristas da Câmara e preside a Comissão de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ).
Bolsonaro também aproveitou o palanque para mandar indiretas aos ministros do Supremo Tribunal Federal. “Se o parlamento brasileiro promulgar, teremos voto impresso em 2022. Se vocês promulgarem até o início de outubro desse ano, teremos voto impresso em 2022. Ninguém passará por cima da decisão do parlamento brasileiro. Chega de sermos atropelados. O respeito tem que existir entre todos. Se se acostumaram no que era errado, vamos mudar porque é um clamor do povo e também ser leal ao parlamento brasileiro”, disse.