Em resposta à formação da comissão especial para analisar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso, instalada pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) lançará nesta sexta-feira (14/5), em Brasília, uma campanha que defende a segurança, transparência e auditabilidade do processo eleitoral.
Nesta quinta-feira (13/5), a urna eletrônica completa 25 anos de existência. Em 1994, o TSE realizou pela primeira vez o processamento eletrônico do resultado das eleições gerais daquele ano, com recursos computacionais da própria Justiça Eleitoral.
“O Brasil tem muitos problemas que o processo democrático e a democracia ajudam a enfrentar e resolver, mas um desses problemas não é a Urna Eletrônica, que até aqui tem sido parte da solução, assegurando um sistema íntegro e que tem permitido a alternância de poder sem que jamais se tenha questionado de maneira documentada e efetiva a manifestação da vontade popular”, destacou o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.
Principal defensor do voto de papel, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) mandou indireta para os ministros do STF durante evento em Alagoas, em que inaugurou 500 unidades habitacionais.
“Se o parlamento brasileiro promulgar, teremos voto impresso em 2022. Se vocês promulgarem até o início de outubro desse ano, teremos voto impresso em 2022. Ninguém passará por cima da decisão do parlamento brasileiro. Chega de sermos atropelados. O respeito tem que existir entre todos. Se se acostumaram no que era errado, vamos mudar porque é um clamor do povo e também ser leal ao parlamento brasileiro”, afirmou Bolsonaro.
A PEC tem autoria da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), uma das maiores apoiadoras do Palácio do Planalto. Se aprovada, a proposta tornaria obrigatória a impressão de cédulas de papel após votos depositados na urna eletrônica.