Na noite dessa quarta-feira (12/5), um avião com 628 mil doses de vacina da Pfizer/BioNtech compradas pelo governo brasileiro chegou ao Aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). Foi o terceiro lote de um contrato que prevê 100 milhões de imunizantes para o Brasil.
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Ao longo do ano passado, a empresa tentou, sem sucesso, fechar contratos com o Brasil e até enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a outras autoridades politicas.
Ao longo do ano passado, a empresa tentou, sem sucesso, fechar contratos com o Brasil e até enviou uma carta ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a outras autoridades politicas.
"Nossa oferta de 26 de agosto, como era vinculante, e como estávamos nesse processo com todos os governos (de outros países) tinha validade de 15 dias. Passados esses 15 dias, o governo do Brasil não rejeitou, mas tampouco aceitou", contou Murillo, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID, nesta quinta-feira (13/5).
O presidente da Pfizer revelou à CPI que a empresa voltou a oferecer as vacinas para o Brasil em novembro, porém também não foram aceitas.
Era de conhecimento público que o governo federal estava com dificuldades de negociar com a farmacêutica, como revelado pela Pfizer em 7 de janeiro deste ano.
Com uma nota, a empresa disse que ofereceu ao governo brasileiro comprar um lote de 70 milhões de doses da vacina e tentou contato, sem êxito novamente.
Com uma nota, a empresa disse que ofereceu ao governo brasileiro comprar um lote de 70 milhões de doses da vacina e tentou contato, sem êxito novamente.
O lado do governo federal
No mesmo mês, no dia 23, o governo federal respondeu à carta no Twitter oficial.
“O Governo Federal/Ministério da Saúde informa que recebeu, sim, a carta do CEO da Pfizer, assim como reuniu-se várias vezes com os seus representantes”, diz o primeiro tuíte de uma sequência de três publicações que terminam com o link da nota oficial.
“O Governo Federal/Ministério da Saúde informa que recebeu, sim, a carta do CEO da Pfizer, assim como reuniu-se várias vezes com os seus representantes”, diz o primeiro tuíte de uma sequência de três publicações que terminam com o link da nota oficial.
“Porém, apesar de todo o poder midiático promovido pelo laboratório, as doses iniciais oferecidas ao Brasil seriam mais uma conquista de marketing, branding e growth para a produtora de vacina, como já vem acontecendo em outros países”, apontava a publicação.
“Já para o Brasil, causaria frustração em todos os brasileiros, pois teríamos, com poucas doses, que escolher, num país continental com mais de 212 milhões de habitantes, quem seriam os eleitos a receberem a vacina”, finaliza o fio.
Além de afirmar que estava negociando com outras empresas de vacina na época, a nota também diz que “em nenhum momento, o Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde fechou as portas para a Pfizer” e citou dificuldades de transporte e armazenamento da vacina.
Leia a nota oficial completa neste link.
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Veja a publicação:
*Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina