O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, durante transmissão ao vivo nesta quinta-feira (13/5), que a CPI da COVID-19 o ajudará politicamente. Por diversas vezes, ele alfinetou o senador Renan Calheiros (MDB-AL), seu adversário político e relator da comissão.
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Onyx disse em 2015 sobre direito de ficar calado em CPI: 'Só bandido usa'Maia sobre impeachment: 'Não tínhamos votos, como ainda não temos'Salários de Bolsonaro, vice e ministros sobem em até 69% acima do tetoBolsonaro diz que pode acionar Exército: 'Daqui pra frente vou agir'Entenda manobra da AGU para garantir silêncio de Pazuello na CPI da COVID“CPI é um palaque. Senadores falaram 61% a mais que os depoentes. Os caras estão lá para aparecer, né? Tem lá o falastrão do relator”, afirmou.
Em tom de ironia, ele agradeceu a Calheiros por permitir que os brasileiros saibam as ações feitas pelo Ministério da Saúde. “O Pazuello acertou em tudo o que fez no Ministério. Obrigado, Renan Calheiros”.
Durante viagem a Alagoas para entrega de moradias populares, Bolsonaro repetiu o filho, senador Flávio Bolsonaro, e chamou Renan Calheiros de “vagabundo”. “Sempre tem algum vagabundo, picareta, querendo atrapalhar”.
Em repetição ao discurso da última transmissão, Bolsonaro voltou a criticar a comissão no Senado: “A CPI atrapalha. Tira gente do Ministério da Saúde. É muita gente. Em vez de trabalhar para combater a COVID, ela está trabalhando para alimentar o Queiroga de informações”, afirmou.
Nesta quinta-feira, Bolsonaro exaltou o depoimento do gerente-geral da Pfizer, Carlos Murillo, que falou sobre o acordo com o governo brasileiro na compra das vacinas alemãs.
“Acabou a palhaçada, acabou a narrativa sobre a compra da vacina Pfizer no ano passado”, disse o presidente, que afirmou que o governo federal efetuou a compra de 100 milhões de imunizantes em 2021, deixando de adquirir 70 milhões no ano passado.