O prefeito de Caeté, Lucas Coelho (Avante), entregou documentos referentes à prestação de contas de gastos relacionados à pandemia à Câmara Municipal, ao Ministério Público de Minas gerais (MPMG) e ao Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG).
Ele foi pessoalmente protocolar a entrega acompanhado de vereadores da base, do presidente da Câmara, Diêmerson Porto (Republicanos), e do procurador-geral do Município, Mauro Franco.
Ele foi pessoalmente protocolar a entrega acompanhado de vereadores da base, do presidente da Câmara, Diêmerson Porto (Republicanos), e do procurador-geral do Município, Mauro Franco.
A polêmica envolvendo os gastos de recursos enviados pelo governo federal ao município teve um capítulo esta semana na Câmara Municipal de Caeté.
Na última Reunião Ordinária de terça-feira (11/5) houve votação para que fosse instaurada a CPI da COVID-19. O objetivo era apurar como a prefeitura utilizou os quase R$ 5,5 milhões recebidos para o combate à pandemia.
Na última Reunião Ordinária de terça-feira (11/5) houve votação para que fosse instaurada a CPI da COVID-19. O objetivo era apurar como a prefeitura utilizou os quase R$ 5,5 milhões recebidos para o combate à pandemia.
Porém, apenas quatro vereadores dos 13 da Casa, votaram a favor da investigação. Eram necessários cinco votos para que a CPI, proposta pelo vereador Claudinei do Vale (Cidadania), acontecesse.
Vale questiona os gastos da prefeitura. "Vou ler e vocês vão ver se isso é combate à pandemia: R$ 13 mil em material de copa e cozinha, inclusive 84 canecas de vidro transparente com alça, com capacidade de 200ml; R$ 36 mil em propaganda impressa, destaque para 41 citrus por R$ 150 cada quando ele custava mais ou menos R$ 40; R$ 390 mil usados para desinfecção de prédios públicos pela empresa Quantum, que usou água e cloro. Foram 4.160kg de frango, 4.326 cestas básicas de R$ 55 a R$ 133, 6.349 litros de leite, 2.152 gás de cozinha, 4.189 mix de legumes, 334 cobertores, 235 calças - para combate a COVID tá, gente? 251 blusas, 251 bermudas e 269 camisetas, entre outros itens, totalizando R$ 765.167", disse o vererador em discurso na Câmara Municipal.
Além desses itens citados, segundo Claudinei do Vale, há notas fiscais comprovando a compra de 12 lixeiras inox com pedal no valor total de R$ 2.638, locação de caminhão baú com motorista no valor de R$ 19.962,00, 3 mil adesivos de 10x15cm no valor de R$ 3.150.
Prefeito: "Discurso de oposição"
“Muitos querem utilizar-se deste momento para criar palanques políticos e usar suas forças não para cuidar da saúde do nosso povo, mas para promover discursos de oposição. Eu, enquanto prefeito, tenho a preocupação com o cuidado das vidas das pessoas, com as contas do município e com a responsabilidade que sempre foi uma marca do meu governo”, disse Lucas Coelho, após a entrega dos documentos.
“Aguardaremos agora os pareceres do Ministério Público, Tribunal de Contas e Câmara Municipal, com a certeza de que todo centavo recebido e gasto teve sua destinação única e exclusivamente para o nosso povo”, justificou o prefeito.
“Queremos realmente uma apuração isenta. No momento, nós temos que guardar todas as nossas energias pra gente lutar pra preservar vidas. Então nós não temos que fazer disso um palanque o que a gente quer que investiguem tudo. É para isso que estamos aqui. Também faremos o protocolo de prestação de contas no Ministério Público e daqui iremos ao Tribunal de Contas para que possa, por técnicos, por profissionais, averiguar até os centavos que foram gastos em nossa cidade”, afirmou.