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Estado de Minas DIA DA FAMÍLIA

Marcha da família com pautas políticas tem movimento tímido em BH

Cerca de 300 manifestantes compareceram à Praça da Liberdade na Marcha da Família Cristã pela Liberdade, marcada para o Dia Internacional da Família


15/05/2021 12:57 - atualizado 15/05/2021 16:38

Instituído pela ONU em 1993 para gerar consciência sobre todos os tipos de organização familiar e seus percalços, o Dia Internacional da Família (15 de maio), está servindo, este ano, para pautas que destoam do sentido original em BH e outras 100 cidades brasileiras.

A data está sendo usada como plataforma de apoio por manifestantes pró-presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pautas conservadoras e visões religiosas de uniões familiares tradicionais, por meio da “Marcha da Família Cristã pela Liberdade”.

Cerca de 300 pessoas compareceram à Marcha da Família Cristã pela Liberdade (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Cerca de 300 pessoas compareceram à Marcha da Família Cristã pela Liberdade (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Em Belo Horizonte, o evento se concentrou na Praça da Liberdade, a partir da 10h30 e trouxe uma diversidade de pautas não relacionadas diretamente à família.

Entre as mais evidentes estão o voto impresso e auditável, o fim de todos os lockdowns contra a COVID-19, a rejeição do projeto de lei que pretende liberar o plantio de maconha no país, o apoio ao tratamento imediato (uma alteração para o termo tratamento precoce, que está desgastado) contra o novo coronavírus e o apoio ao presidente.
Parte dos manifestantes não usaram máscara(foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Parte dos manifestantes não usaram máscara (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)

Em Belo Horizonte, a adesão foi tímida, com cerca de 300 pessoas vestindo camisas nas cores verde e amarelas, bandeiras do Brasil e cartazes com suas reivindicações. No coreto da praça, os manifestantes cantaram e dançaram canções com mensagens religiosas e de apoio a suas reivindicações.

Pátria, família e Deus

A psicóloga Martha Barreto, de 61 anos, participou da manifestação que teve o objetivo de unir as frentes religiosas cristãs. “Como a família é uma das pautas principais do nosso presidente hoje, aproveitamos para unir o manifesto com o apoio à pátria. Foi um evento mais religioso do que político, por isso tinha bem menos pessoas do que no dia 1º de maio, sem contar que os movimentos nos sábados comprometem um pouco a presença das pessoas porque muitas ainda trabalham”, ressaltou.
Entre as pautas da manifestação estavam o tratamento inicial à COVID-19 e o voto impresso auditável(foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Entre as pautas da manifestação estavam o tratamento inicial à COVID-19 e o voto impresso auditável (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)

Martha conta que aproveitou o dia para se unir às pessoas que pensam como ela. “Na minha família, cada um está num canto e aproveitei a data porque eu quero estar junto de pessoas que comungam com as mesmas ideias que eu”, disse. “Que a liberdade venha sem que a gente tenha medo de dizer o que pensa. Eu aceito a opinião de pessoas que não têm as mesmas ideias que eu, mas também já perdi amigos por apoiar esse governo”, confessou.

A psicóloga releva que se emocionou com as orações durante o protesto e também com o hino nacional. “Continuo rezando muito, pedindo que Deus abençõe nosso país. A gente tem que preservar, amar e cuidar. Na minha época de escola, eu aprendi a cantar o Hino Nacional, Hino da Bandeira, isso era tratado de uma outra forma. Hoje, os jovens não têm apreço pela pátria, família e Deus. Três palavras chaves de Bolsonaro.”
Manifestantes pediram voto impresso auditável(foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Manifestantes pediram voto impresso auditável (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)

Além de BH, o evento estava marcado para ocorrer também em Montes Claros (Norte de Minas), na Praça da Catedral, Juiz de Fora (Zona da Mata), na Praça Antônio Carlos, em Divinópolis (Região Centro-Oeste), na Praça do Santuário e em Poços de Caldas (Sul de Minas), na Praça Pedro Sanches.
 
Comércio de camisetas em apoio ao presidente(foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
Comércio de camisetas em apoio ao presidente (foto: Túlio Santos/EM/D.A.Press)
 


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