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"A empresa foi informada na reunião que não cabe ao Ministério da Economia decidir sobre a compra de determinada vacina, pois se trata de uma decisão de Saúde Pública", acrescentou a Pasta.
Na última semana, durante audiência da CPI da Covid, o gerente-geral da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo, já havia citado a reunião com os representantes do Ministério da Economia em agosto. Este contato, no entanto, teve caráter preliminar, porque na ocasião a Pfizer não havia feito uma oferta formal ao governo brasileiro.
Na CPI, Murillo afirmou que a primeira proposta para venda de vacina ao Brasil foi feita dias depois, em 14 de agosto. Uma segunda proposta foi apresentada em 26 de agosto, com validade de 15 dias. Passado o prazo, o governo brasileiro não rejeitou nem aceitou a oferta. Nada foi feito. Uma das propostas da Pfizer era de venda de 30 milhões de doses e outra de 70 milhões de doses, a serem entregues em 2020 e 2021. O preço oferecido pela empresa era de US$ 10 (cerca de R$ 53, na atual taxa de câmbio) por dose de vacina.
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O passo seguinte da Pfizer na negociação foi enviar, em 12 de setembro, uma carta ao governo brasileiro se oferecendo para um acordo. Na última quarta-feira (12), o ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fábio Wajngarten admitiu à CPI da Covid que a carta na qual a Pfizer se dispunha a negociar vacinas contra o novo coronavírus foi enviada ao governo em setembro de 2020. Segundo ele, a carta ficou dois meses sem resposta. Além do então ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, outras autoridades receberam a carta, como o próprio ministro da Economia, Paulo Guedes.