Ex-secretário de Saúde de Minas Gerais e considerado pivô de um esquema de vacinação contra a COVID-19 em fevereiro e março deste ano entre servidores do governo de Minas, Carlos Eduardo Amaral tem data para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos “fura-filas”, instalada pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). O ex-chefe da Secretaria de Estado de Saúde (SES) prestará contas aos deputados estaduais a partir das 9h de quinta-feira (20/5).
O depoimento de Carlos Eduardo Amaral acontecerá após três remarcações. A princípio, ele seria ouvido às 9h da última terça-feira (11/5). Contudo, Janaína Passos de Paula, subsecretária de Vigilância em Saúde de Minas Gerais, pediu para depor novamente, justamente em 11 de maio. Ela já havia comparecido à ALMG em 26 de abril, quando depôs publicamente.
A marcação do novo depoimento passou a sabatina de Amaral para a última quinta-feira (13/5). Contudo, no novo depoimento, agora de forma reservada, a subsecretária de Vigilância em Saúde apresentou novos documentos.
Os novos elementos na CPI fizeram com que o depoimento fosse adiado. Agora, a expectativa é de que a oitiva com Carlos Eduardo Amaral encerre os depoimentos no âmbito dos “fura-filas”. Ele depõe na condição de investigado por conta da suspeita de desrespeito à lista de prioridades do Programa Nacional de Vacinação contra a COVID-19.
A vacinação entre servidores abrangeu até profissionais em teletrabalho e da área administrativa, por exemplo, antes de chegar à chamada “linha de frente” da pandemia do coronavírus.
Pelo clima instável criado, o secretário foi exonerado pelo governador mineiro, Romeu Zema (Novo), em 13 de março deste ano. Amaral alega que ações foram tomadas dentro da base legal.
Pelo clima instável criado, o secretário foi exonerado pelo governador mineiro, Romeu Zema (Novo), em 13 de março deste ano. Amaral alega que ações foram tomadas dentro da base legal.
No âmbito da investigação dos possíveis “fura-filas”, o depoimento do ex-secretário será o último na comissão. Não haverá outras reuniões até a data dessa prestação de contas. A CPI, instalada em 18 de março, já teve 14 reuniões (uma ordinária e 13 extraordinárias).
Posteriormente, a CPI dos “fura-filas” vai investigar outro ponto: o gasto do governo de Minas na Saúde em 2020, quando a pandemia de COVID-19 teve início. Os deputados têm informações de que o valor investido foi abaixo que em anos anteriores e até do que o previsto no mínimo constitucional.