O presidente Jair Bolsonaro renovou as críticas às pessoas que respeitam o isolamento social como forma de prevenção contara a pandemia da COVID-19. Ao conversar com apoiadores na manhã desta segunda-feira (17/05), em frente ao Palácio da Alvorada, ele classificou de "idiotas" as pessoas que ficam em casa para se proteger da doença.
No mesmo comentário, ele elogiou os produtores rurais por continuarem trabalhando em meio à crise sanitária. “O agro realmente não parou. Tem uns idiotas aí, o 'fique em casa'. Tem alguns idiotas que até hoje ficam em casa. Se o campo tivesse ficado em casa, esse cara tinha morrido de fome, esse idiota tinha morrido de fome. Daí, ficam reclamando de tudo", comentou Bolsonaro.
Durante a conversa com seus eleitores, Bolsonaro não usava máscara. Além disso, ele cumprimentou diversas pessoas e chegou a abraçar alguns apoiadores. Desde o início da pandemia, o mandatário tem desrespeitado as recomendações sanitárias de distanciamento social e uso de proteção facial para impedir a proliferação da COVID-19.
Em outra parte da conversa, o presidente reclamou de quem é contra a utilização de cloroquina como tratamento da COVID-19, por mais que o remédio não tenha comprovação científica de que é eficaz contra a doença.
Uma mulher pediu para que Bolsonaro vetasse um projeto de lei ainda em tramitação no Congresso que propõe a autorização do comércio de derivados da cannabis para fins medicinais no Brasil. O presidente garantiu que não sancionará a matéria caso seja aprovada, e ainda ironizou: “Engraçado, maconha pode, cloroquina não pode”. “A esquerda pega uma oportunidade para querer liberar drogas. Maconha e cocaína faz (sic) bem”, ponderou.
O que é um lockdown?
Saiba como funciona essa medida extrema, as diferenças entre quarentena, distanciamento social e lockdown, e porque as medidas de restrição de circulação de pessoas adotadas no Brasil não podem ser chamadas de lockdown.
Vacinas contra COVID-19 usadas no Brasil
- Oxford/Astrazeneca
Produzida pelo grupo britânico AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, a vacina recebeu registro definitivo para uso no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No país ela é produzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
- CoronaVac/Butantan
Em 17 de janeiro, a vacina desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan no Brasil, recebeu a liberação de uso emergencial pela Anvisa.
- Janssen
A Anvisa aprovou por unanimidade o uso emergencial no Brasil da vacina da Janssen, subsidiária da Johnson & Johnson, contra a COVID-19. Trata-se do único no mercado que garante a proteção em uma só dose, o que pode acelerar a imunização. A Santa Casa de Belo Horizonte participou dos testes na fase 3 da vacina da Janssen.
- Pfizer
A vacina da Pfizer foi rejeitada pelo Ministério da Saúde em 2020 e ironizada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi a primeira a receber autorização para uso amplo pela Anvisa, em 23/02.
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Como funciona o 'passaporte de vacinação'?
Os chamados passaportes de vacinação contra COVID-19 já estão em funcionamento em algumas regiões do mundo e em estudo em vários países. Sistema de controel tem como objetivo garantir trânsito de pessoas imunizadas e fomentar turismo e economia. Especialistas dizem que os passaportes de vacinação impõem desafios éticos e científicos.
Quais os sintomas do coronavírus?
Confira os principais sintomas das pessoas infectadas pela COVID-19:
- Febre
- Tosse
- Falta de ar e dificuldade para respirar
- Problemas gástricos
- Diarreia
Em casos graves, as vítimas apresentam
- Pneumonia
- Síndrome respiratória aguda severa
- Insuficiência renal
Os tipos de sintomas para COVID-19 aumentam a cada semana conforme os pesquisadores avançam na identificação do comportamento do vírus.
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