Jornal Estado de Minas

OPERAÇÃO AKUANDUBA

Presidente do Ibama e mais nove agentes são afastados pelo STF; veja lista



Ainda no âmbito da Operação Akuanduba, da Polícia Federal (PF), que apura crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando no Ministério do Meio Ambiente e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com envolvimento de madeireiros, o Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelas ordens judiciais cumpridas nesta quarta-feira (19/5), determinou o afastamento de 10 agentes públicos dos órgãos federais. 





A ação foi desencadeada nesta manhã e, ao todo, são 35 mandados de busca e apreensão cumpridos no Distrito Federal (DF), São Paulo e Pará. 

Entre os alvos está o ministro Ricardo Salles. O STF determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário dele. 

O comentarista de política da GloboNews, Octavio Guedes, publicou a lista dos agentes afastados preventivamente por ordem do Supremo. Entre eles, está o presidente do Ibama. Veja abaixo:

  • André Heleno Azevedo Silveira, coordenador de Inteligência de Fiscalização (Coinf/Ibama)

  • Artur Vallinoto Bastos, analista Ambiental (Nufis/Ibama/PA)

  • Eduardo Fortunato Bim, presidente do Ibama

  • João Pessoa Riograndense Moreira Junior, diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFlo/Ibama)

  • Leopoldo Penteado Butkiewicz, assessor Especial do gabinete do Ministro do Meio Ambiente

  • Leslie Nelson Jardim Tavares, coordenador de Operações de Fiscalização (Cofis/Ibama)

  • Olímpio Ferreira Magalhães, diretor de Proteção Ambiental (Dipro/Ibama)

  • Olivaldi Alves Azevedo Borges, secretário Adjunto da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente

  • Rafael Freire De Macedo, coordenador-geral de Monitoramento do Uso da Biodiversidade e Comércio Exterior (CGMoc/Ibama)

  • Wagner Tadeu Matiota, superintendente de Apuração de Infrações Ambientais (Siam/Gab/Ibama)

De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início em janeiro deste ano "a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras noticiando possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira".

A corporação informou que o nome da ofensiva, Akuanduba, faz referência a "uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam o Estado do Pará". "Segundo a lenda, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, restabelecendo a ordem", registrou a PF em nota.

audima