Ainda no âmbito da Operação Akuanduba, da Polícia Federal (PF), que apura crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando no Ministério do Meio Ambiente e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com envolvimento de madeireiros, o Supremo Tribunal Federal (STF), responsável pelas ordens judiciais cumpridas nesta quarta-feira (19/5), determinou o afastamento de 10 agentes públicos dos órgãos federais.
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O comentarista de política da GloboNews, Octavio Guedes, publicou a lista dos agentes afastados preventivamente por ordem do Supremo. Entre eles, está o presidente do Ibama. Veja abaixo:
- André Heleno Azevedo Silveira, coordenador de Inteligência de Fiscalização (Coinf/Ibama)
- Artur Vallinoto Bastos, analista Ambiental (Nufis/Ibama/PA)
- Eduardo Fortunato Bim, presidente do Ibama
- João Pessoa Riograndense Moreira Junior, diretor de Uso Sustentável da Biodiversidade e Florestas (DBFlo/Ibama)
- Leopoldo Penteado Butkiewicz, assessor Especial do gabinete do Ministro do Meio Ambiente
- Leslie Nelson Jardim Tavares, coordenador de Operações de Fiscalização (Cofis/Ibama)
- Olímpio Ferreira Magalhães, diretor de Proteção Ambiental (Dipro/Ibama)
- Olivaldi Alves Azevedo Borges, secretário Adjunto da Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente
- Rafael Freire De Macedo, coordenador-geral de Monitoramento do Uso da Biodiversidade e Comércio Exterior (CGMoc/Ibama)
- Wagner Tadeu Matiota, superintendente de Apuração de Infrações Ambientais (Siam/Gab/Ibama)
De acordo com a Polícia Federal, as investigações tiveram início em janeiro deste ano "a partir de informações obtidas junto a autoridades estrangeiras noticiando possível desvio de conduta de servidores públicos brasileiros no processo de exportação de madeira".
A corporação informou que o nome da ofensiva, Akuanduba, faz referência a "uma divindade da mitologia dos índios Araras, que habitam o Estado do Pará". "Segundo a lenda, se alguém cometesse algum excesso, contrariando as normas, a divindade fazia soar uma pequena flauta, restabelecendo a ordem", registrou a PF em nota.