Vereador do Rio de Janeiro (RJ), Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) se envolveu em uma disputa com o alto comando militar do Brasil por causa da compra de um equipamento de espionagem desenvolvido em Israel. As informações são do portal Uol.
Segundo a reportagem, há um edital de licitação no Ministério da Justiça no valor de R$ 25,4 milhões para compra do equipamento. Mas, desta vez, nem a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), nem o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), que seriam interessados diretos no item, estão envolvidos.
A reportagem explica que o Pegasus é um programa de espionagem da empresa NSO Group que já foi usado para espionar computadores e celulares de críticos de governos em diferentes partes do mundo.
Esse equipamento consegue invadir os aparelhos sem deixar rastros de quem foi o responsável pelo acesso. Na reportagem, fontes ressaltaram que o Pegasus permite o monitoramento de empresas e pessoas sem decisão judicial, dependendo apenas da ética de quem controlá-lo.
Ainda segundo o Uol, fontes avaliam que Carlos Bolsonaro pretende reduzir o poder militar na área de inteligência do governo brasileiro e que teria articulado a exclusão do GSI da licitação com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres.
Responsável pela Abin, o GSI é chefiado pelo general Augusto Heleno. Essas mesmas fontes disseram que o filho “02” do presidente quer usar as estruturas do ministério e também da Polícia Federal (PF) para expandir uma “Abin paralela”, onde seria influente.
Responsável pela Abin, o GSI é chefiado pelo general Augusto Heleno. Essas mesmas fontes disseram que o filho “02” do presidente quer usar as estruturas do ministério e também da Polícia Federal (PF) para expandir uma “Abin paralela”, onde seria influente.
Procurado pelo portal, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que o objetivo da licitação é a compra de “ferramenta de busca e consulta de dados em fontes abertas para ser usado, pelo ministério e órgãos de segurança pública, nos trabalhos de enfrentamento ao crime organizado”, e negou que a licitação tenha relação com o Pegasus.
De acordo com a reportagem, que foi publicada na manhã desta quinta-feira (19/5), a equipe teve acesso às propostas de todos os concorrentes do pregão, que ainda estão em sigilo.
Fontes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) “enfatizaram” que a NSO Group participa da licitação por meio de um revendedor brasileiro.
Procurados a respeito, assessores do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro não haviam se pronunciado até o momento da publicação.
Fontes do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) “enfatizaram” que a NSO Group participa da licitação por meio de um revendedor brasileiro.
Procurados a respeito, assessores do gabinete do vereador Carlos Bolsonaro não haviam se pronunciado até o momento da publicação.