Jornal Estado de Minas

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CPI dos fura-filas: acompanhe o depoimento do ex-secretário de Saúde de MG

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga indícios de irregularidades na aplicação de vacinas antiCOVID-19 em servidores da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) chega nesta quinta-feira (20/5) ao seu momento mais aguardado. Os deputados estaduais mineiros vão tomar o depoimento do ex-chefe da pasta, Carlos Eduardo Amaral, demitido por causa do escândalo dos supostos “fura-filas”.



O médico é interrogado agora pela manhã, na sede da Assembleia Legislativa. Antes, o prefeito de Betim, Vittorio Medioli (PSD), apresentou argumentos sobre possível desequilíbrio na distribuição de injeção aos municípios. Acompanhe a oitiva ao vivo, em vídeo:

Por volta das 10h05, quando Medioli acabou suas alegações, a reunião foi suspensa. Minutos depois, o secretário foi chamado para seu interrogatório. 



Investigado, Carlos Amaral comparecerá à Assembleia acompanhado de advogados. Paralelamente, os parlamentares já preparam requerimentos que vão embasar o exame sobre os gastos do governo estadual no combate à pandemia. Novas evidências fizeram a oitiva do médico ser adiada sucessivamente.

Antecedentes


O interrogatório vai tratar de tópicos como o uso de vacinas da reserva técnica para imunizar funcionários da Saúde estadual. A revelação foi feita no início de maio, pela diretora de Agravos Transmissíveis da SES-MG, Janaína Fonseca, em reunião da CPI.



Depois, o ex-adjunto da pasta, Luiz Marcelo Cabral Tavares, confirmou a versão, mas não soube apontar legislação que tratava do tema. Ele alegou que a decisão foi tomada de forma colegiada, sustentada por pareceres emitidos pelo setor de Agravos Transmissíveis e pela área jurídica da secretaria.

Os deputados, então, solicitaram à Secretaria de Saúde que entregasse documento responsável por oficializar o aval ao uso do contingente reserva, originalmente destinado a excepcionalidades como problemas de acondicionamento ou extravio. O atual chefe da pasta, Fábio Baccheretti, informou que o ofício não existe.

O grupo da CPI não tem dúvida de que as vacinas foram retiradas do estoque reserva, que pertence a todos os 853 municípios mineiros. Depois, as doses utilizadas foram faturadas para a Prefeitura de Belo Horizonte, sem que a administração municipal soubesse.



A eclosão do caso dos fura-filas gerou a exoneração de Carlos Amaral. Ele foi afastado do cargo que ocupava em 11 de março.

Nesta quinta (20/5), o médico voltará à Assembleia pouco mais de dois meses após sofrer grande constrangimento na sede do Parlamento. Ao prestar contas aos deputados sobre as ações tomadas para combater a pandemia, foi questionado sobre os indícios que surgiam sobre possíveis irregularidades na vacinação.

São apuradas a imunização de funcionários que dão expediente na Cidade Administrativa. Equipes lotadas em superintendências regionais, sediadas no interior, também estão na mira.

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