A exibição de um vídeo pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO) em que governadores falam sobre o uso da cloroquina esquentou o clima da sessão de depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello à CPI da Covid. Governista, Marcos Rogério quis argumentar que o presidente Jair Bolsonaro não seria o único a defender a utilização do medicamento.
Ao comentar sobre o vídeo, o presidente da CPI, Omar Aziz (PSB-AM), afirmou que as declarações dos governadores foram feitas no início do ano passado e que, desde então, a ciência evoluiu, mostrando que a cloroquina não tem eficácia comprovada para tratar a covid-19.
Apoiado pelo filho do presidente e senador Flávio Bolsonaro, Marcos Rogério protagonizou bate-boca com o presidente da CPI e o relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Ao responder às alegações de Marcos Rogério de que a narrativa da comissão é de acusar Bolsonaro, Aziz rebateu afirmando que ninguém "acusou" o presidente, já que teria ficado "claro" que as decisões pela não compra de vacinas da covid-19 partiu de Pazuello, por exemplo.
A alfinetada de Aziz foi feita no contexto das declarações dadas pelo ex-ministro ontem, que negou, apesar de declarações públicas de Bolsonaro, que o presidente teria interferido nas negociações da Coronavac.
No vídeo apresentado por Marcos Rogério figuravam os governadores de São Paulo, João Doria (PSDB), do Piauí, Wellington Dias (PT), do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), do Pará, Helder Barbalho (MDB), além do governador de Alagoas e filho do relator da CPI, Renan Filho (MDB).
"Uma coisa que evoluiu com rapidez muito grande é a ciência. Isso aí (declarações exibidas no vídeo apresentado por Marcos Rogério) foi em março de 2020. Se eu tivesse contraído covid-19 em março de 2020 eu tomaria cloroquina. A ciência evoluiu", respondeu Aziz.
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