O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19 Omar Aziz (PSD/AM), neste sábado (22/5), durante live do canal Grupo Prerrogativa, definiu a passagem do ex- ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI da pandemia como 'hilária', em razão das contradições feitas pelo depoente nos dois dias de oitiva. "A presença do Pazuello é hilária. Porque ele consegue, de todos os fatos concretos, criar uma versão de 'um manda e o outro obedece', como se fosse uma brincadeira. Por isso ele está sendo convocado novamente”, afirmou.
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Há 10 dias no cargo, Luana Araújo deixa secretaria de enfrentamento à CovidApós operação da PF contra Salles, Aras pede que MPF seja ouvido em buscasDatafolha: 54% rejeitam a nomeação de militares para cargos no governoCPI da COVID prepara cerco às mentiras governistasPresidente da CPI critica aglomeração de Bolsonaro no MaranhãoA ideia é pressionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para que não conceda um novo habeas corpus que protege Pazuello de sofrer constrangimentos, como ameaças de prisão, e garante direito de ficar em silêncio ao ser questionado. “Espero que o Supremo permita que os nossos trabalhos possam ser feitos na forma normal. Não estamos aqui para matar, crucificar, enforcar alguém”.
Durante a live, Aziz frisou que o objetivo da CPI vai além de achar culpados. “O que nós queremos é evitar mais mortes. Nos prevenir de outras pandemias e até de novas da própria pandemia”.
Sobre as ameaças que Aziz e demais parlamentares da oposição afirmaram estar sofrendo, o presidente da CPI afirmou que não se sentiu intimidado e que irá prosseguir com as investigações e “descobrir todo dia uma mentira nova que eles criam”. “Já enfrentei a ditadura militar, já aconteceu tanta coisa comigo na minha vida e não é no país em que estamos vivendo hoje que eu terei medo”, disse.
O requerimento para ouvir novamente Pazuello deve ser votado na próxima reunião deliberativa, marcada para quarta-feira (26/5). Por enquanto, os depoimentos prestados miram o governo federal, mas a ideia da base governista é dividir as atenções dos trabalhos com oitivas aos gestores locais. No horizonte próximo, apenas o governador do Amazonas, Wilson Lima, está na mira.