Uma equipe de reportagem da emissora CNN Brasil foi hostilizada e expulsa do ato bolsonarista deste domingo, 23, por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Sem máscaras, os manifestantes que promoveram aglomeração no Aterro do Flamengo, zona sul da cidade, fizeram com que o repórter do canal televisivo tivesse que ser levado para uma viatura da Polícia Militar.
Enquanto era conduzido por um agente para receber a proteção, o repórter Pedro Duran ouviu gritos de "lixo", "bandido" e "comunista", por exemplo. Alguns dos manifestantes avessos ao trabalho da imprensa também cercaram o profissional e colocaram bandeiras e celulares diante de seu rosto.
Apesar de ter sido o único que precisou ser levado pela polícia, o repórter da CNN não foi o único a ser hostilizado pelos bolsonaristas. Os profissionais que ficaram no espaço reservado a jornalistas ouviram a todo momento xingamentos de quem passava por lá.
Acompanhado pelo ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, e por pelo menos mais dez aliados - todos sem máscaras e sobre um carro de som apertado -, Bolsonaro discursou no fim da manhã deste domingo para milhares de pessoas no Aterro, após a carreata de moto que saiu da Barra da Tijuca, na zona oeste.
O presidente voltou a criticar prefeitos e governadores que decretaram confinamento durante a pandemia e afirmou que jamais colocará o Exército, que chamou de seu, nas ruas para fazer lockdown. "Eu lamento cada morte no Brasil, não importa a motivação da mesma. Mas nós temos que ser fortes, temos que viver e sobreviver", disse Bolsonaro, antes de criticar medidas de distanciamento social.
audima