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Estado de Minas CONFINS

Deputada Alê Silva é retirada de avião pela PF em Confins

Deputada federal não concordou com inspeção da bagagem de mão, entrou na aeronave sem autorização, mas foi retirada pela Polícia Federal


25/05/2021 17:18 - atualizado 25/05/2021 18:55

Alê Silva (PSL-MG) é conhecida pelo apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido)(foto: Redes Sociais/Reprodução)
Alê Silva (PSL-MG) é conhecida pelo apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) (foto: Redes Sociais/Reprodução)
A deputada federal Alê Silva (PSL-MG) foi retirada pela Polícia Federal (PF) de dentro de um avião, na manhã desta terça-feira (25/5), no aeroporto de Confins, na Região Metropolitana, de Belo Horizonte, por ter se recusado a passar por uma inspeção de bagagem.

Segundo a BHAirport, concessionária do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, durante o processo de inspeção dos pertences de mão da deputada foi identificado um item proibido para ingresso em Área Restrita de Segurança e a bordo de aeronaves, sendo necessário o encaminhamento para a inspeção física da bagagem. 

Segundo a nota, Alê Silva não concordou com o processo – norma da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – e se dirigiu para a área de embarque do aeroporto antes da finalização do procedimento de segurança. 

A parlamentar, que é apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, se encaminhou para a aeronave, mesmo sendo alertada pela companhia aérea de que não estava autorizada.

Já no interior do avião, ela foi chamada pela Polícia Federal e conduzida novamente ao canal de inspeção, onde foi retirado o item proibido (segundo a deputada, uma tesoura infantil), e ela foi liberada. 

Em nota divulgada pela assessoria de imprensa, Alê afirma que foi chamada pela atendente do aeroporto de “miliciana” e “genocida”. 

Segundo a deputada, a mala tinha sido aberta para uma “revista aleatória”. 

Ainda de acordo com a nota, após o embarque, a parlamentar realizou uma ligação para seu chefe de gabinete, para que entrasse em contato com a Delegacia da Polícia Federal do aeroporto de Confins para explicar o ocorrido. Segundo ela, a PF não atendeu ao telefone.

Nesse meio-tempo, dois policiais federais "adentraram na aeronave e com muita truculência fizeram a deputada descer do avião e levar a mala até o local de revista", informa o comunicado de Alê Silva.

A nota ainda afirma que foi encontrada uma tesoura cor de rosa, que a deputada acreditou ser de sua filha. "Depois de indagada, a adolescente disse que não, sendo que a deputada então desconhece como que a tesoura foi parar lá".

Confira a nota da deputada


A Deputada Federal Alê Silva estava na manhã de hoje, 25 de maio, no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte, para voar com destino a Brasília.

"No detector de metais, uma atendente que trabalha em uma empresa que presta serviço ao aeroporto disse que iria abrir a mala da deputada. A atendente disse que isso era uma “revista aleatória”.

A Deputada abriu a mala, sendo a atendente colocar a mão sobre a mesma e disse: “Mala de miliciana e genocida tem que ser revistada com cuidado”. A deputada após esses dizeres se calou, fechou a mala e foi em direção ao portão de embarque.

Após o embarque, a deputada realizou uma ligação para o seu chefe de gabinete, para que entrasse em contato, como de fato tentou, com a Delegacia da Polícia Federal do Aeroporto de Confins para dizer do ocorrido e também para falar que estava tudo bem com ela e que já estava dentro da aeronave, mas que não deixaria a atendente revistar a sua mala sem a presença de policiais. Porém, apesar das tentativas, a PF não atendeu ao telefone.

Neste meio tempo, dois policiais federais adentraram na aeronave e com muita truculência fizeram a deputada descer do avião e levar a mala até o local de revista.

Depois de revistada, foi encontrada uma tesoura cor de rosa infantil. No momento a Deputada achou que o artefato fosse de sua filha, mas depois de indagada a adolescente, essa disse que não, sendo que a Deputada então desconhece como que a tesoura foi parar lá.

Tendo em vista dos fatos, já estão sendo providenciadas as medidas cabíveis junto a ANAC (Agencia Nacional de Aviação Civil) que tem responsabilidade objetiva e solidária em relação à funcionária da empresa terceirizada. Ademais, a notificação oficial junto à empresa será também realizada sobre o fato ocorrido.

Ainda, uma ação será ajuizada na corregedoria da Polícia Federal, tendo em vista que foi tentado contato via telefone no aeroporto com a negativa de atendimento e resposta.

Destaca-se também o modo de abordagem, que foi mediante truculência e abuso de poder, por parte dos policiais ao constranger a deputada."
 
* Estagiária sob supervisão da subeditora Kelen Cristina. 


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