A convocação de prefeitos e ex-prefeitos para prestar depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da COVID-19, no Senado, ficou para depois. Os parlamentares que integram a comissão se reuniram antes do início da sessão desta quarta-feira (26/5), que apreciou convocações, inclusive de governadores, e decidiram deliberar sobre isso posteriormente. O entendimento é de que a convocação deve ser apenas em torno de grandes capitais.
Houve uma tentativa de construção de acordo por parte do presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que acabou gerando discussão durante a sessão, quando ele afirmou que houve acordo, enquanto outros senadores disseram que não. Os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão, e Humberto Costa, integram o chamado “G7” (fora da base governista) e disseram que não compactuam com acordo algum.
O referido acordo aconteceu para atender à demanda dos quatro senadores que estão na linha de frente do governo na CPI para chamar governadores. O próprio Aziz comentou que alguns aspectos não o agradavam, como convocar o governador do Pará, Helder Barbalho, filho do senador Jader Barbalho (MDB-PA).
O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que integra a linha de frente do governo na CPI, mas se diz independente, afirmou que não participou do acordo justamente por não concordar com a retirada de pauta da convocação de prefeitos. Além disso, ele tem requerido a convocação do ex-secretário Executivo do Consórcio Nordeste Carlos Eduardo Gabas e do governador da Bahia e ex-presidente do Consórcio Nordeste, Rui Costa (PT). "Não entendi (porque tiraram os prefeitos), porque estavam na lista para votar hoje”, disse.