Um erro de digitação durante o envio da declaração de bens deixou “milionária” a vereadora Karine Roza de Oliveira (PT), do Serro, no Vale do Jequitinhonha (MG). Nos dados iniciais declarados à Justiça Eleitoral antes do pleito de 2020, ela aparecia com R$ 381 milhões em patrimônio. O valor correto, contudo, tem um zero a menos: são R$ 381 mil.
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Kalil: 'O que estão fazendo com a universidade federal no Brasil é crime'Marcos Rogério leva à CPI áudio de Doria: 'Bolsominions, bando de malucos'Youtube exclui vídeos de Bolsonaro 'receitando' cloroquinaKarine recebeu, de fato, duas parcelas do socorro de R$ 600, quando estava com o consultório odontológico fechado. No fim do ano, devolveu o dinheiro ao governo federal.
“Querendo ou não, o fato de eu ter sido eleita, mulher, em uma cidade coronelista e patriarcal, além de ser homossexual (ajuda a alimentar os ataques). Direto, me atacam de todas as formas”, diz.
A vereadora tenta superar o erro de digitação presente na primeira versão dos dados entregues à Justiça Eleitoral. “Fui eleita. Minhas contas foram aprovadas”, sustenta.
Histórico
Ao produzir o documento listando milionários que usufruíram do auxílio, o TCU advertiu para possíveis casos de erro no preenchimento dos documentos obrigatórios para a disputa da eleição. Fraudes cometidas sem o consentimento dos donos dos CPFs também podem ter ocorrido.
“Não se pode olvidar, contudo, o risco de erro de preenchimento de informações por parte dos candidatos, bem como de fraudes estruturadas com dados de terceiros, eventos dos quais o Ministério da Cidadania demonstra ter plena percepção da probabilidade de ocorrência e para os quais se espera que haja controles internos mitigadores”, apontou o ministro Bruno Dantas, relator do tema na corte de contas.